Marcas de luxo vendem roupas, bolsas e carros para pequenos milionários
Brasil - Negócios - Crianças de Luxo
Foto: zarov.com.br
O mercado de luxo movimenta cerca de US$ 12 bilhões por ano no Brasil, segundo pesquisa do Digital Luxury Group, empresa europeia de estratégia e marketing digital para a indústria do luxo. Só entre 2011 e 2012, o crescimento do setor no país foi de 24%. De olho nesse potencial, muitas empresas têm apostado num público que, até bem pouco tempo, não era seu alvo direto: as crianças.
Mini-carros de modelos cobiçados, cadeirinha para bebê com design diferenciado e bolsas de grife são alguns dos produtos disponíveis para esses pequenos clientes no mercado nacional.
Na BBtrends, que tem lojas em shopping centers e ruas de luxo em grandes cidades brasileiras, os pais podem encomendar para seus filhos minianutas motorizadas de dois modelos de automóveis. Um mini-Audi R8 branco é vendido a R$ 2.270,22. Um modelo X-Traction vermelho, que imita um SUV, custa R$ 2.006,22.
Não são miniaturas comuns. São carros em que as crianças podem entrar e dirigir, chegando a uma velocidade de 4km/h. Se preferirem, os pais também podem conduzir os mini-veículos por meio de um controle remoto.
A loja vende, também, acessórios como carrinhos e cadeirinhas de bebê com um toque de design e assinatura de artistas. Uma cadeira anatômica Fresco Chrome sai a R$ 3.489. O carrinnho de bebê Moodd Britto Red Cover, da marca Quinny, tem imagens do artista brasileiro Romero Britto e custa R$ 4.990.
Mochila de grife custa mais de R$ 2 mil
Grifes de moda também têm criado produtos especiais para o público infantil no mundo todo. No Brasil, Gucci e Tommy Hilfiger são algumas das marcas que vendem roupas e calçados para meninos e meninas.
Para dar a seus filhos a possibilidade de vestirem as mesmas marcas com os quais estão acostumados, os pais precisam desembolsar quase tanto quanto o que gastam com os itens do próprio armário. Uma mochila infantil feminina da Gucci, por exemplo, não sai por menos de R$ 2.230.
Prada e Dior são outras grifes de luxo que criaram linhas infantis. Essas marcas, porém, ainda não vendem os produtos aqui no país.
Sorvete ilimitado e casa com mais de 10m²
Fora do Brasil, o público infantil tem acesso a uma variedade ainda maior de produtos e serviços luxuosos.
Os hóspedes mirins do tradicional Hotel Ritz, de Londres, ganham roupões e chinelos exclusivos, um chá da tarde especial e porções ilimitadas de sorvete, entre outros mimos. As diárias no hotel partem de R$ 2.800.
Crianças pequenas também podem ter suas próprias casas de estilo vitoriano. Miniaturas fabricadas pela empresa americana Sweet Retreat Kids, feitas de madeira e com eletricidade e encanamento instalados, podem chegar a ter mais de 10m² de área e custar mais de R$ 40 mil.
Crianças ajudam marcas a continuarem crescendo
A aposta no luxo infantil é a saída que muitas marcas têm encontrado para continuar crescendo, diz o consultor de marketing infantil Arnaldo Rabelo.
"Quando as marcas de luxo ocupam o espaço que tinham para explorar e conquistam boa participação nesse mercado, fica difícil alcançar um crescimento grande. Por isso elas acabam indo para um público diferente, que permite que elas continuem crescendo", diz.
Para o consultor, as grifes encontram, no Brasil, uma situação bastante favorável, resultado da queda da taxa de natalidade e do adiamento da gravidez por parte de muitas mulheres.
"Tendo filhos quando já estão com uma renda mais alta, os casais têm condições de gastar mais com eles", afirma. Segundo Rabelo, marcas direcionadas às classes AB podem se beneficiar muito desse cenário.
'Tia profissional sem filhos'
Grifes de altíssimo luxo, no entanto, continuarão sendo exclusividade de pais com renda igualmente muito alta. Ou madrinhas. Uma pesquisa da empresa Shopper Experience mostra que mulheres que não têm filhos, na faixa de 30 a 45 anos, têm grande propensão a gastar fortunas com afilhados, sobrinhos e filhos de amigos.
"Elas compram roupas, brinquedos, artigos de higiene e decoração para as crianças, muitas vezes de marcas que os pais, por terem mais gastos, acabam não comprando", diz Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience.
O ticket médio das "panks" (sigla para "professional aunt no kids", algo como "tia profissional sem filhos") é de R$ 350 por compra no Brasil. É maior do que nos Estados Unidos, onde as tias boazinhas gastam com as crianças US$ 150, ou cerca de R$ 325, por compra.
Aiana Freitas/UOL/JE
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