Comércio, trabalhadores e indústria esperam mais cortes nos juros
Brasil - Economia - Taxa Básica de Juro
De modo geral, representantes de todos os setores produtivos acreditam que o corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a taxa básica de juro, foi bem-vindo.
Entretanto, especialmente para a indústria e a classe trabalhadora, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deveria promover uma redução mais intensa, para acelerar a retomada do crescimento econômico.
Comércio: bom para o consumidor
Para os representantes do comércio no Brasil, a redução da Selic possibilita que o governo pressione os bancos a reduzirem os juros aos consumidores. Porém, ainda é necessário criar estímulos adicionais.
A Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) afirma que o novo corte na Selic possibilita que o governo continue a pressionar as instituições financeiras para a redução dos juros ao consumidor final, o que deve fortalecer o comércio e aquecer a economia nacional. Para o segundo semestre, a expectativa é que o BC continue realizando novos cortes, encerrando o ano com a Selic em 7,5%.
Na opinião da Fecomercio-RJ (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro), o Copom agiu corretamente ao manter o ritmo das reduções da Selic. O momento não só exige estímulos adicionais para o reaquecimento da economia brasileira como oferece possibilidades de mudanças estruturais. Para além de medidas segmentadas e pontuais, é preciso um esforço conjunto para a retomada dos investimentos e a melhora da confiança de empresários e consumidores. E isso passa necessariamente pela priorização dos investimentos públicos em detrimento dos gastos correntes, redução horizontal da carga tributária, diminuição da burocracia e barateamento do custo do crédito”, afirma o presidente da Fecomercio-RJ, Orlando Diniz.
Indústria acredita que ainda precisa de mais incentivos
Para o presidente da Fiesp (Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, o governo precisa acelerar o ritmo de queda dos juros, pois trata-se de um importante fator que poderá nos levar ao resgate da competitividade do país. “A queda de juros é benéfica para o Brasil, portanto, essa cautela excessiva adotada pelo BC não é necessária”.
Já para a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), é preciso adotar medidas para baixar custos da produção, como extinção da multa adicional de 10% do FGTS. “O fato é que, a despeito das sucessivas quedas da taxa Selic e dos estímulos anunciados, os custos de produção nacionais permanecem elevados, impondo baixa competitividade ao produto brasileiro e contribuindo para que parte da demanda doméstica seja suprida pelas importações”, afirma a Federação.
Trabalhores: mais ousadia
De acordo com a Força Sindical, ao promover uma nova queda na Selic, o governo dá um incentivo para a economia, que vem crescendo em ritmo muito lento.
Porém, o presidente da Força Sindical, Miguel Eduardo Torres, acredita que o Copom deveria ser mais ousado.
A Contraf-CUT também avalia positivamente o corte na taxa básica de juros, mas também acredita que os cortes deveriam ser maiores. “É preciso ousar e reduzir ainda mais a Selic, buscando aproximá-la dos níveis internacionais, bem como é fundamental pressionar os bancos públicos e privados a baixar de verdade as altas taxas de juros, o spread e as tarifas, a fim de estimular a economia para alavancar o crescimento e fomentar o desenvolvimento", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro
“Juros mais baixos são essenciais para ampliar o crédito, incentivar a produção e o consumo e levantar as projeções do PIB, como forma de gerar mais empregos, distribuir renda, combater a miséria e garantir inclusão social”, salienta o dirigente sindical. “A redução dos juros é também o melhor remédio para enfrentar o endividamento e a inadimplência e proteger a economia”, destaca.
economia.uol.com/KF
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