imagem: Tatiane Queiroz

A greve dos bancários, que começou na quinta-feira (19), em Mato Grosso do Sul, atinge pelo menos 71 agências em Campo Grande e nas 27 cidades da base do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região (SEEB-CG), segundo a presidente Iaci Terezinha Rodrigues de Azamor Torres. Ela disse ao G1 nesta segunda-feira (23) que do total de agências fechadas, 67 são de Campo Grande e as demais são de cidades próximas.

"As [agências] que não estão fechadas estão trabalhando de forma bastante precária, porque parte dos funcionários também aderiram", afirmou. Ainda segundo Iaci, a capital sul-mato-grossense tem 100 agências bancárias.

Nesta segunda, uma nova reunião de avaliação está programada para que o comando de greve da SEEB-CG contabilize a adesão de agências e funcionários.

Ainda conforme a entidade, Mato Grosso do Sul tem seis sindicatos regionais, com sede nas cidades de Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã e Naviraí, e todos aderiram à greve nacional da categoria.

Em Dourados, a 225 km de Campo Grande, a adesão é de 100% com as 22 agências fechadas, segundo o presidente da diretoria executiva, Janes Estigarribia.

Ele afirmou ao G1 que pelo menos três das 13 cidades da base de Dourados estão com todas as agências fechadas ao público. "Temos 100% de adesão por enquanto em Dourados, Maracaju e Douradina. Agora pela manhã estamos indo para Itaporã, Fátima do Sul, Jateí e Rio Brilhante para avaliar a paralisação", afirmou.

Em Corumbá, região oeste do estado, três agências estão fechadas, segundo sindicato local. Uma reunião está marcada para esta segunda e deve avaliar a adesão das outras cinco agências da cidade.

Segundo o sindicato dos bancários de Naviraí, a 359 km de Campo Grande, 27 agências bancárias fazem parte da base. Do total, cinco agências estão fechadas em Naviraí e uma em Ivinhema, conforme o presidente do sindicato, Moacir Janoário Fogaça.

Reivindicações
Segundo o SEEB-CG, a proposta da categoria foi entregue no dia 1º de agosto de 2013, mas as negociações não avançaram. Os bancários decidiram pela paralisação no dia 12 de setembro após falta de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 11,93% e a Febraban apresentou proposta de 6,1%.

Além do aumento de 11,93%, os bancários também reivindicam participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários, mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21; auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês para cada; melhores condições de trabalho, plano de cargos, carreiras e salários para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação. Outra exigência da categoria é a prevenção contra assaltos e sequestro, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.