A maldição econômica do petróleo
Brasil - Economia - O Petróleo é Nosso
Imagem:Divulgação
Caro leitor, antes de tudo recomendo que não sofra por antecipação. Este título forte não será refletido aqui em mais uma ladainha em prol das questões ambientais, tentando convencê-lo a abandonar o conforto do seu carro e aderir a uma bicicleta ou, quem sabe, um par de patins (você sabe, patins usam rodas menores e portanto dependem de menos borracha…). Bem, eu sei que ninguém aguenta mais isso.
Ambientalistas, peço que não me joguem pedras (e nem percam o senso de humor). Antes de me condenarem à fogueira no tribunal da inquisição politicamente correta, saibam que não advogo contra a militância ambiental – muito pelo contrário, a considero, quando moderada, inteligente e portanto provida de senso crítico e de realidade, necessária.
Este texto não fará a apologia (e nem tão pouco atacará) às energias limpas e renováveis, mas abordará a temática da acomodação. Sim, ela mesmo, sempre fruto da reação atávica do ser humano e, portanto, de suas sociedades, quando adversidades e complicações cedem lugar ao apogeu, ao remanso, às certezas da prosperidade.
Observamos legiões defendendo a substituição da energia fóssil pelas fontes renováveis, mas pouco se aborda sobre as consequências que um excedente em reservas petrolíferas pode trazer a um país extrativista por natureza, desprovido de incentivos e repleto de obstáculos aos processos do desenvolvimento tecnológico sensível e de inovação.
Aos nacionalistas do pré-sal e aos saudosistas da campanha “O petróleo é nosso”, solicito que compreendam o contexto deste enfoque crítico, que não lamenta a existência de nossas gigantescas reservas e nem tão pouco é insensível ao componente estratégico que representam. Sob esta ótica objetiva, um oceano de vantagens e benefícios, inquestionavelmente.
Mas o fato é que, com tantas certezas, uma insensibilidade pode ganhar força, e ela está diretamente relacionada a tudo o que temos a fazer pela frente para nos tornarmos uma nação verdadeiramente moderna, admirável, respeitada, economicamente sustentável e competitiva.
Sem a devida calibragem em termos de senso autocrítico, as certezas de nossa força petrolífera podem nos levar de encontro ao encadeamento do atraso, respectivamente: imensas certezas econômicas, insensibilidade aos riscos e enfraquecimento dos estímulos científicos intelectuais, dependência extrativista, tolerância e baixa consciência tributária, baixa competitividade, fragilidade econômica, contenção de oportunidades de desenvolvimento social, subdesenvolvimento político, baixa capacitação, miséria.
dinheirama/LL
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