Milho e soja, grãos prósperos
Brasil - Agricultura - Aumento Agrícola
Foto: SI Knowtec
Com vocação natural para a produção de grãos, a capital federal, com a região metropolitana, registrou salto exponencial nas culturas de milho e soja entre 1990 e 2011 — o crescimento chegou a 922% e 1.213,4%, respectivamente, de acordo com pesquisa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
O aumento deixou o DF em segundo lugar na participação das duas commodities entre as microrregiões analisadas nas duas safras, atrás apenas de Barreiras (BA). A região geoeconômica de Brasília somou 10,3 milhões de toneladas na produção dos dois itens em 2011.
“É uma expressão natural de mercado. O cenário macroeconômico está favorável para a exportação das commodities e a tendência é de que a produção desses grãos aumente ainda mais. Isso porque o fazendeiro sempre vai procurar uma cultura que dê o máximo de retorno possível”, pontuou o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em agronegócio José Eustáquio Ribeiro. Para ele, o plantio de soja e de milho é benéfico para a economia regional.
“O que é arrecadado acaba gerando emprego e renda, e reflete em nível social, com a elevação da educação e da infraestrutura do local”, explicou.
Há, entretanto, uma concentração na produção de commodities no DF, o que pode encarecer os outros grãos que vão para a mesa do brasiliense, como o feijão.
“É difícil levantar essa discussão, porque ela é mais complexa. A soja e o milho influenciam também, por exemplo, no preço das carnes, já que servem de ração. Quanto mais são produzidas, mais podem ser comercializadas por valores baixos, o que também afeta o bolso do consumidor”, contrapôs Ribeiro.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), Renato Simplício, a produção de commodities é promissora. “Vemos boas perspectivas e, por isso, a plantação de soja e de milho torna-se um ótimo negócio”, destacou.
“Notamos diminuição na produção de feijão não só por conta do aumento nas outras, mas também devido à praga da mosca branca. O produtor fica inseguro em investir enquanto o problema não for sanado ou controlado. Já a produção de trigo e de arroz no Centro-Oeste é insignificante”, completou.
Representação
Com o aumento na produção de soja e de milho, a região metropolitana do DF ganhou representatividade em nível nacional. Em 2011, a capital respondeu por 8,1% da plantação de grãos de todo o país.
“Batemos novamente na tecla de que Brasília poderia responder como polo agrícola do Centro-Oeste, como centro logístico, fornecedor de tecnologia e de insumos. Seria uma maneira de diversificar o setor produtivo, já que temos áreas agrícolas importantes”, argumentou o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya.
Segundo ele, atualmente, São Paulo, Goiânia e Uberlândia atuam como polos agrícolas. “As cidades acabam assumindo esse papel e acredito que Brasília também poderia reivindicar esse posto. Mas essa tem de ser, em princípio, uma iniciativa do setor privado, que deve enxergar esse potencial de investimento na região para tomar as rédeas das operações agrícolas e se equiparar às outras áreas”, criticou.
O diretor do Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, salientou que, no DF, os produtores investem em tecnologia.
“Por isso, conseguimos altos índices de crescimento nos últimos 20 anos, o que nos transforma em vitrine para o mundo e referência nacional nesse segmento agrícola”, completou. Para ele, a produção tem potencial para crescer ainda mais.
“Há preocupação em relação ao desmatamento do cerrado, mas ainda estamos aquém do que podemos explorar do bioma”, lembrou.
Larissa Garcia/SI Knowtec/JE
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