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Mundo - Esporte - Decisão da Euro
Imagine você fazer parte de uma geração que vivenciou três dos mais importantes títulos em um intervalo de apenas quatro anos. Ou então imagine você ver a sua seleção responder com o troféu cada um de seus maiores escândalos dentro do futebol. É o que vale a decisão da Eurocopa 2012 para Espanha e Itália, que entram em campo pela última vez na competição neste domingo, a partir das 15h45m (de Brasília), no Estádio Olímpico de Kiev.
Os espanhóis buscam o que consideram como ‘tríplice coroa’, a consagração máxima no campo. Ganhar duas Euros com um Mundial no meio, como aconteceu desde 2008, seria um feito inédito. A Alemanha, campeã em 1972 e 1974, esteve muito próxima de atingir tal marca em 1976, mas esbarrou na cavadinha de Panenka em final contra a Tchecoslováquia, nos pênaltis, por 5 a 3.
Passado de polêmicas e glórias
Os italianos, ainda que ironicamente, também têm uma ‘tríplice coroa’ como meta. Em 1982, quando surpreendeu o Brasil no que seria a ‘Tragédia do Sarriá’, a seleção faturou a Copa da Espanha dois anos após o escândalo de manipulação de resultados chamado Totonero, que puniu um quarto dos times da Série A, inclusive o tradicional Milan, rebaixado. O herói e carrasco Paolo Rossi chegou a cumprir longa suspensão pelo seu papel no caso, mas teve a punição diminuída em um ano e acabou anistiado poucos meses antes do embarque.
Em 2006, na conquista do tetracampeonato mundial, a Azzurra chegou desacreditada pelo esquema de compra de árbitros na primeira divisão, o Calciopoli. O Juventus, então campeão, foi rebaixado e teve dois títulos retirados. O grupo se uniu diante das incertezas e superou a França na finalíssima.
– As emoções são similares e estamos com a mesma confiança. Mas temos que ter paciência, como tivemos em 2006, para ver o que acontece em campo. Mas é, sim, possível fazer analogia entre os dois torneios – disse o goleiro e capitão Gianluigi Buffon.
A chance de se igualar em 2012 vem após a crise envolvendo a manipulação de resultados. Investigações antes do início da Euro foram suficientes para afastar o lateral Domenico Criscito do time e colocar suspeitas até sobre possível participação de Buffon em apostas ilegais.
No campo, o grande favoritismo atribuído à Fúria antes do confronto de estreia entre ambos, por exemplo, já não existe mais. O time de Vicente del Bosque conviveu com críticas durante a maior competição do continente quando, de fato, não apresentou um futebol encantador como se esperava. Enquanto isso, após o empate por 1 a 1 na abertura, a equipe de Cesare Prandelli ganhou corpo e chegou ao seu auge com a vitória por 2 a 0 sobre a Alemanha, na semifinal - a Espanha passou diante de Portugal somente nos pênaltis.
– A Espanha não é chata. É o mesmo time que vem ganhando tudo e que está no topo há muito tempo. É o time que concedeu menos gols. Isso é futebol moderno e eu gosto muito de vê-los jogar – argumentou Prandelli.
O 2 a 2 que não veio
Um fato curioso, no entanto, foi a possibilidade de a Fúria ter jogado para eliminar a Azzurra ainda no Grupo C. Na última rodada, um empate por 2 a 2 com a Croácia tiraria os italianos de forma precoce independente do resultado contra a Irlanda. Os espanhóis venceram por 1 a 0.
– Acho que nós fizemos o nosso trabalho. Falou muito sobre especular o empate por 2 a 2 com a Croácia para deixar a Itália fora, mas como disse o treinador, em nenhum momento nos arrependemos de ir para vencer e não pensaremos nunca o contrário, aconteça o que acontecer na final – afirmou o meio-campista Xavi. Raciocínio semelhante teve Buffon.– Eu sabia que eles iriam se dedicar. É uma excelente equipe e honrada. Só tenho a dizer que eles têm todo o meu reconhecimento, assim como a Holanda teve em 2008 – contou o goleiro, referindo-se ao fato de a Laranja ter entrado com o time titular contra a Romênia, mesmo já classificada, na última rodada da fase de grupos da Euro 2008. O time venceu por 2 a 0 e ajudou a Azzurra a passar de fase.
Ao menos até segunda ordem, as escalações não deverão surpreender. A Itália irá com uma linha de quatro na defesa, com Chiellini na lateral esquerda e Balzaretti na direita. Destaques como Pirlo, Cassano e Balotelli estão confirmados. A Espanha, por sua vez, ainda vive a interrogação sobre a presença de um centroavante. A expectativa é que Negredo, que não teve boa atuação na semifinal, dê dar lugar a Cesc Fàbregas, com Torres novamente no banco.
– Vamos jogar com três atacantes, quase certo. Com três homens avançados, com a obrigação de atacar mais que defender, ainda que todo o time tenha as mesmas missões. Teremos pessoas com possibilidades de fazer gol – assegurou Del Bosque.
Globo Esporte/V.H.
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