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O número de vidas perdidas em acidentes de trânsito ocorridos na área urbana de Campo Grande caiu 12,5% nos oito meses de 2013 em comparação com o mesmo período de 2012. Ainda assim, os índices precisam ser reduzidos.

Segundo as estatísticas do Gabinete de Gestão Integrada do Trânsito (GGIT) de janeiro a agosto do ano passado, 80 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, sendo que este ano, nos oito primeiros meses, esse número caiu para 70. Esses dados são referentes a pessoas que foram vítimas de acidentes de trânsito e que vieram a óbito no local do acidente ou em até 30 dias após o sinistro. O acompanhamento dia a dia iniciou-se com o Placar da Vida, inaugurado em maio de 2011. Essas orientações foram implementadas pelo Projeto Vida no Trânsito, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para que haja a mensuração técnica e científica dos dados, bem como uma padronização na contagem das vítimas.

Nesse período de um ano (agosto de 2012 até os dias atuais) a frota da Capital aumentou consideravelmente. Foram colocados em circulação mais de 30 mil veículos (431.166 veículos em agosto de 2012/ 461.518 veículos em agosto de 2013), segundo estatísticas do Detran e graças às atividades contínuas de fiscalização e também de educação dos órgãos responsáveis pela melhoria do trânsito em Campo Grande o número de vitimados diminuiu. Outro fator importante, que contribuiu diretamente para a redução dos óbitos no trânsito, foi a criação do Grupo de Análise de Acidentes, que examina criteriosamente todos os sinistros no trânsito da Capital com vítimas fatais ou com lesões graves, para encontrar a causa principal e posteriormente planejar e implementar ações práticas e efetivas que evitem outros acidentes no mesmo local.

Causas

Para o comandante da Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito (Ciptran) e também presidente do GGIT de Campo Grande, Alirio Villasanti Romero, a combinação entre álcool, direção e excesso de velocidade continua a ser fatal. Os acidentes provocados por este motivo se concentram em fins de semana, entre a noite e a madrugada. A maioria dos causadores da violência no trânsito são homens, com idade entre 18 e 24 anos, denominados “jovens condutores”. Outro fator preponderante é a chamada cultura do pequeno delito, onde o simples avançar do sinal vermelho não é considerado grave pelos condutores, e infelizmente esse tipo de conduta tem ceifado vidas no trânsito da nossa cidade.