Foto: Nadyenka Castro

Há nove anos, o trabalho de Lori Lúcia Martinotto é mostrar Campo Grande para turistas e moradores. Segundo ela, em quase uma década de apresentações de histórias e lugares, não teve uma pessoa que não se encantasse com o Parque das Nações Indígenas. "O parque arregala os olhos de todo mundo", diz.

Apesar de a área não poder faltar no roteiro dos visitantes, a guia orienta começar o passeio pela capital de Mato Grosso do Sul, que completa 114 anos nesta segunda-feira (26), pela Morada dos Baís, ou Pensão Pimentel, na avenida Afonso Pena. "Foi o primeiro sobrado de alvenaria de Campo Grande. Representa o ponta pé no progresso da cidade", justifica.

O segundo local que não pode ficar de fora, segundo Lori, é a Praça das Araras. "A arara é a ave que revoa sobre a cidade. Representa o Pantanal", diz. A próxima parada é no Parque Florestal Antônio de Albuquerque, ou simplesmente Horto Florestal.

Na avaliação da profissional, mais do que plantas de diversas espécies e belezas naturais, o Horto tem história. "O nome é em homenagem ao jardineiro que preparava as mudas. Depois, quando não aguentava mais, ele cuidava de abelhas e dava o mel para famílias carentes", conta.

Quem mora ou simplesmente está em Campo Grande também não pode deixar de conhecer o Museu das Culturas Dom Bosco, conhecido como Museu do Índio.

O acervo de animais empalhados, plantas e documentos fica em um prédio do Parque das Nações Indígenas. O local conta com apoio da tecnologia para mostrar o presente e o passado do estado. "É moderno, todo mundo tem que ir conhecer".

Parque das Nações

Para terminar a apresentação de Campo Grande, enfim, o Parque das Nações Indígenas. O local conta com pistas para caminhada, lago com deck para contemplação, quadras de esporte, espaço para eventos, concha acústica e dois museus, sem contar que é possível ficar pertinho de capivaras e peixes. As primeiras são as 'donas' da casa e são vistas sempre em grupos.

O parque fica em uma área de 119 hectares e tem ainda monumentos em homenagem aos indígenas e aos desbravadores da cidade. O lago é formado pelas águas do córrego Prosa, cuja nascente fica próximo à área verde. Há árvores frutíferas e vegetação nativa. A Polícia Militar Ambiental também tem a sede no espaço.

Primeira vez

A família de Rosenil dos Reis Moreira, 33 anos, é de Cuiabá e está em Campo Grande pela primeira vez. O marido dela está na cidade a trabalho e, enquanto isso, ela, os três filhos e a sobrinha de 15 anos aproveitam para conhecer a cidade.

"Já fomos em um shopping e na Feira Central", fala a adolescente, antes de fazer o City Tour pela capital nesta sexta-feira (23).  A tia dela disse que está "curiosa" em conhecer Campo Grande, que já ouviu falar bem do município, mas gostaria que o Aquário do Pantanal já estivesse pronto. "Queria conhecer o aquário, falam bem".