(Foto:Reprodução/G1)

Discreto durante fim da semana, piloto da Mercedes largará na frente pela 4ª vez seguida. Ferrari erra estratégia, e Alonso e Massa ficam em 9º e 10º

A Fórmula 1 voltou de férias em grande estilo. O palco não poderia ser melhor: Spa-Francorchamps, circuito preferido de nove a cada dez pilotos do grid. Além disso, as idas e vindas de uma “teimosa” chuva deixou o treino classificatório para o GP da Bélgica imprevisível. Tanto que tudo levava a crer que o escocês Paul di Resta (Force India), único a marcar tempo antes de a chuva apertar no Q3, conseguiria anotar sua primeira pole position da carreira. Mas, surpreendentemente, os céus deram uma trégua nos minutos finais provocando uma nova reviravolta. E quem se deu melhor foi Lewis Hamilton, da Mercedes, o último a receber a bandeirada de fim da atividade. Logo ele, que quase havia sido eliminado no Q2, disputado em pista seca, quando conseguiu a décima e última vaga para a superpole. Discreto durante todo o fim de semana, o britânico cravou 2m01s012 e alcançou sua quarta pole position seguida na temporada, a quinta em 2013. Sebastian Vettel (RBR), Mark Webber (RBR) e Nico Rosberg (Mercedes) cruzaram a linha um pouco antes e ficaram, respectivamente, de segundo a quarto, empurrando Di Resta para quinto.

No meio do Q3, a Ferrari confiou na previsão meteorológica, que apontava chuva forte até o fim, e apenas trocou os pneus de Fernando Alonso e Felipe Massa para agilizar, deixando a dupla com combustível para apenas uma volta rápida. A ideia era que os pilotos voltassem à pista rapidamente para marcar tempo, temendo que as condições piorassem. Mas aconteceu exatamente o contrário. A chuva parou e dupla não pôde aproveitar a pista mais seca, despencando para nono e décimo, respectivamente.

Uma leve chuva começou a cair minutos antes de começar a atividade. Foi o suficiente para deixar o asfalto úmido e traiçoeiro. Com pneus intermediários, os pilotos foram à pista para o Q1, e alguns tiveram dificuldades para permanecer nela. Lewis Hamilton, Kimi Raikkonen e Pastor Maldonado foram alguns que deram um passeio na área de escape nos minutos iniciais.

As condições climáticas melhoraram, mas devido à grande extensão da pista fazia sol em alguns trechos, mas chovia em outros. Com isso, todos os pilotos precisaram deixar os boxes nos instantes finais em busca de uma vaga no Q2. A maioria, mais cautelosa, seguiu de pneus intermediários. Alguns poucos arriscaram compostos slick (para pista seca). Entre eles, Giedo van der Garde, que conseguiu a façanha de fazer o terceiro tempo com a Caterham, mostrando ter tomado a decisão correta. Jules Bianchi e Max Chilton, da Marussia, foram outros de equipes menores que adotaram a mesma tática e avançaram ao Q2. Pior para a dupla da Williams, Pastor Maldonado e Valtteri Bottas, para os pilotos da STR, Jean-Eric Vergne e Daniel Ricciardo, e também para Esteban Gutiérrez e Charles Pic, que caíram fora.

As condições climáticas voltaram a melhorar nos instantes finais. Nico Rosberg foi o primeiro a desbancar Di Resta ao anotar 2m02s251. Mas faltavam alguns pilotos para completar volta. Mark Webber fez 1m01s325. Na sequência, Vettel marcou 2m01s200, e no apagar das luzes Hamilton cravou 2m01s012, ficando com a pole. Quem se deu mal foram os pilotos da Ferrari. Com combustível para apenas uma volta rápida, Alonso e Massa perderam a chance de pegar a pista seca nos segundos finais e fecharam o top 10.