Foto:Divulgação
Era para ter sido apenas mais uma audiência em Ação de Investigação de Paternidade, em trâmite na 2ª Vara Cível de Camapuã, contudo uma situação inusitada transformou a audiência e emocionou os presentes.
Aos 55 anos de idade, Adilson pretendia ser reconhecido como filho de alguém já falecido. Do outro lado, seis possíveis meio-irmãos: Eliana, Elinalda, Francisco, Helia, Eliane e João. Este último, portador de necessidades físicas especiais. Todos adultos, de meia-idade acima.
O processo, nascido no final de abril deste ano, foi incluído em pauta de audiência de tentativa de acordo logo no primeiro despacho, deixando eventual momento contencioso para depois, caso não houvesse conciliação. Todos os envolvidos compareceram, mesmo aqueles que residiam em outras cidades, o que já era admirável, por não ser a presença obrigatória.
Em sua narrativa, Adilson descreveu as dificuldades pelas quais passou ao longo de sua infância, privado do convívio do pai, tendo que trabalhar desde cedo como engraxate para auxiliar no sustento da casa. Situações e privações pelas quais passam tantas crianças afastadas do convívio familiar.
Após as partes serem esclarecidas sobre a possibilidade e as vantagens do acordo, inclusive sobre a utilização do exame de DNA para a solução do caso, o juiz Deni Luis Dalla Riva, que presidia a audiência, indagou aos envolvidos sobre o que pretendiam, ouvindo como resposta de todos os acionados de que reconheciam o autor como irmão, já que o falecido sempre o reconheceu como filho, dispensando até mesmo o exame de DNA.
Chamava atenção, àquela altura, a serenidade e maturidade da opção. Todos eram pessoas muito simples, mas seguras do que faziam. Nenhuma palavra havia sido proferida acerca dos bens deixados pelo pai, mesmo estando em curso Ação de Inventário na Comarca, em uma clara sinalização de que existia uma motivação extrapatrimonial, sentimental, afetiva, por trás daquele gesto acolhedor, sendo irrelevante o fato de que o novo irmão viria a compartilhar dos bens da herança.
No entanto, em mais um ato de puro amor e de espontaneidade dos envolvidos, Adilson rompeu o silêncio que antecedia o final da audiência e de maneira simples e direta, como são os gestos verdadeiros, disse que sua parte da herança gostaria de “abrir mão para o João”, seu novo irmão cadeirante.
Imediatamente, teve início um choro compulsivo de toda a família. Em seguida, alguns estenderam a mão para Adilson. As irmãs arriscaram um carinho em sua cabeça. Outros fizeram comentários breves sobre sua semelhança com o pai falecido. Todos espelhavam semblante de profunda alegria com o novo irmão, o mais velho deles, como se o elegessem seu novo ‘pai’. Ainda tiveram tempo de ouvir do promotor Douglas Silva Teixeira dizer que deveriam aproveitar a oportunidade que a vida lhes deu e viverem como família.
Poder Judiciário/RMC
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