Massacre de Realengo poderia ser evitado, diz Takimoto
Brasil - Saúde - Medicina Preventiva
Além da falta de cuidado com a segurança, a tragédia de Realengo que causou a morte de 12 crianças e adolescentes denuncia com clareza o estágio precário do sistema de saúde no País. Com esta conclusão, o deputado estadual George Takimoto (PSL) usou a tribuna da Assembléia Legislativa para defender que 2011 seja o ano da saúde em Mato Grosso do Sul, sugerindo que todos os parlamentares, estaduais e federais, canalizem suas emendas para investimentos estruturais no setor.
Segundo Takimoto, que há 43 anos exerce a Medicina e é um ferrenho defensor da prioridade para a saúde preventiva -, o jovem que entrou na escola de Realengo para matar 12 crianças, ferir outras 12 e se matar era um doente de 23 anos de idade que não havia recebido atenção nem tratamento adequados do sistema público de saúde. ‘Aquele jovem que cometeu os crimes é inimputável (denominação de quem por anomalia psíquica, retardo mental ou idade inferior a 18 anos não pode responder judicialmente por si), um esquizofrênico que não teve assistência dos governos. Não teve assistência psiquiátrica adequada e causou esse desastre na família carioca’, situou.
A psicopatia é uma doença mental cuja patologia é muito difícil de ser tratada e por isso torna-se imperativo que o poder público potencialize seus investimentos e suas ações na melhoria e na abrangência dos sistemas de saúde.
INDICAÇÕES E COBRANÇA - Para reforçar seus argumentos, o deputado lembra da indicação que fez no início do mandato ao solicitar das autoridades responsáveis a contratação de mais profissionais para prestar atendimento psiquiátrico e psicológico aos índios sulmatogrossenses. ‘São 70 mil índios com apenas oito psicólogos e nenhum psiquiatra à disposição de suas necessidades’, comparou. Takimoto referiu-se a problemas como a esquizofrenia, a epilepsia e a psicose maníaco-depressiva como causas pontuais de quadros de depressão que não-raramente levam ao suicídio. ‘São patologias previsíveis que devem ser tratadas, pois o profissional bem preparado pode brecar esse processo’, assegurou.
RESPONSABILIDADE - Para Takimoto, é fundamental cobrar a responsabilidade dos governantes. ‘Não vai adiantar construir tantos hospitais e escolas, nem asfaltar e despejar recursos abundantes em outros setores, sem que se aplique na Medicina preventiva e no médico para evitar que os pacientes se enfileirem nos hospitais e agravem as deficiências no atendimento’, enfatizou.
O deputado propôs que na próxima votação do Orçamento geral da União (OGU) os deputados federais e senadores de Mato Grosso do Sul canalizem seus recursos de emendas parlamentares para a saúde, com ênfase no fortalecimento da estrutura de assistência médica e para que não haja tantos problemas nos hospitais, como ocorre na Santa Casa de Campo Grande. O próprio deputado antecipou que vai direcionar suas emendas para o setor: ‘A saúde em nosso Estado já está além da UTI’, lamentou.
Assessoria Parlamentar
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