É o fim do reino dos PCs?
Mundo - Tecnologia - O Novo é Assim
Diante da competição dos tablets com sua tela sensível ao toque, os desktops e laptops começam a sair de moda nos Estados Unidos e na Europa.
Novo hábito: donos de tablets passam mais tempo nos aplicativos do que em navegadores de internet.
A história é conhecida: no mundo da tecnologia, o novo mata o velho.
É essa a trajetória do computador pessoal, uma “caixa” com uma pequena tela monocromática alimentada por disquetes flexíveis que aniquilou a máquina de escrever.
Com o tempo, mudou a forma como trabalhamos, como guardamos nossa memória pessoal e como nos relacionamos.
O PC se transformou nas últimas três décadas — hoje é uma moderna máquina ligada à internet por redes WiFi.
No início de 2010, porém, Steve Jobs, fundador da Apple, morto um ano e meio depois, lançou o iPad.
O tablet, assim como o iPhone de 2007, tinha uma tela sensível ao toque, tecnologia que se tornou, para usar um termo do momento, viral.
Os números recentes indicam que os tablets, hoje parte do portfólio de quase todos os grandes fabricantes de computadores, foram além do que os mais otimistas imaginavam.
Fica a pergunta: terá chegado a vez de o próprio PC virar peça de museu?
Por enquanto, dá para dizer que os tablets são a maior ameaça ao reinado dos PCs em 30 anos.
No ano passado foram vendidos 60 milhões de unidades, 14% do segmento formado por PCs e tablets.
No primeiro trimestre deste ano foram vendidos 17,4 milhões, 120% mais do que no mesmo período de 2011.
Segundo a consultoria americana Gartner, as vendas devem chegar a 335 milhões em 2015.
“Nos Estados Unidos e na Europa, os consumidores estão usando o dinheiro que seria destinado a um novo PC na compra de um tablet”, diz Angela McIntyre, diretora de pesquisas da Gartner.
Na Europa, houve retração de 14% no mercado de PCs em 2011.
Nos Estados Unidos, a queda foi de 6%. É por isso que os fabricantes têm visto os emergentes como a salvação para desktops e notebooks.
A um toque de distância
As razões para o sucesso dos tablets vão além do preço mais acessível e da portabilidade.
O tablet é o símbolo de uma mudança na forma como as pessoas consomem tecnologia.
Os usuários enviam e-mails e interagem nas redes sociais — as mesmas tarefas que motivam parte considerável dos usuários a ligar seu PC.
Agora, eles fazem isso numa tela fina e leve, que pode ser levada para qualquer lugar.
Isso é possível por causa de aplicativos que facilitam o acesso a contas bancárias ou sites de notícias e podem até medir a pressão arterial.
Ao todo, já foram feitos mais de 40 bilhões de downloads de aplicativos nas duas lojas mais populares, a iTunes Store, da Apple, e a Play, do Google.
Um estudo divulgado pela consultoria Flurry mostra que hoje os donos de tablets passam, em média, 94 minutos por dia nos seus aplicativos e 76 minutos navegando na internet.
Em 2010, a internet consumia 64 minutos, e os aplicativos, 43. A computação em nuvem também tem participação na ameaça aos PCs.
Já existem discos virtuais que guardam alguns gigabytes de dados.
Em maio, a Gartner divulgou uma pesquisa afirmando que em 2014 os PCs deixarão de ser o centro de nossa vida digital — as pessoas estarão mais preocupadas com a qualidade dos serviços online do que com os aparelhos.
Nem Jobs, célebre pelas previsões otimistas que fazia a cada lançamento, previa uma mudança tão rápida.
Nas grandes feiras de tecnologia, os tablets já aparecem acoplados a televisões, geladeiras e automóveis.
Hoje, o novo é assim.
Bruno Ferrari/Exame.com/DF
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