A cantora americana Donna Summer, famosa por suas canções de sucesso durante a época da música disco, morreu nesta quinta-feira (17), aos 63 anos, na Flórida, vítima de câncer.

Segundo as fontes do site, ela tentava esconder a gravidade da doença e se esforçava para terminar um novo disco.

LaDonna Adrian Gaines nasceu no dia 31 de dezembro de 1948, em Boston, Massachusetts.

Ela cresceu em uma família cristã bastante religiosa ao lado de seis irmãos.

Inspirada pela cantora gospel Mahalia Jackson (1911-1972), Donna começou a cantar na igreja ainda criança.

Fez parte de vários grupos.

Os primeiros eram influenciados pelos hits da Motown. Nos anos 1960, liderou uma banda de rock psicodélico, inspirada pelos discos de Janis Joplin (1943-1970).

A cantora lançou alguns compactos em carreira solo no começo da década de 1970, mas chegou ao estrelato graças a uma série bons álbuns produzidos por Pete Bellotte e Giorgio Moroder, que traziam uma mistura de música disco com rock e soul.

Ganhou o certificado de Disco de Ouro (500 mil cópias vendidas) com Love to love you baby, de 1975, A love trilogy, de 1976, e Four seasons of love.

Esses discos tinham um grande apelo pop, mas eram ousados.

A love trilogy, por exemplo, trazia uma única faixa no primeiro A do LP original e cinco faixas mais curtas no lado B.

Once upon a time, de 1977, foi o primeiro de uma série de três álbuns duplos lançados entre 1977 e 1979.

O mais famoso – e melhor – dos três é Bad Girls.

O disco duplo vendeu mais de quatro milhões de cópias no mundo todo e foi o maior sucesso de sua carreira.

Sem exceção, todas as músicas de Bad girls são ótimas.

O lado A inclui dois de seus maiores hits: “Hot stuff” e “bad girls”.

Ao longo dos outros três lados, ela consegue manter a força de sua mistura de disco e rock, com músicas como “Our love” e “Sunset people”.

Foi nessa época que Donna conheceu o músico, produtor e compositor Bruce Sudano, com quem se casou em 1980.

Os dois tiveram duas filhas. Donna ainda tinha outra filha, Mimi, de seu casamento anterior, com o ator austríaco Helmut Sommer.

Nos anos 1980, se aventurou por outros estilos, como a new wave.

Mas a década foi marcada por uma séria polêmica.

Na época, ela havia voltado a se dedicar à fé cristã e supostamente fez comentários negativos sobre a AIDS, dizendo que a doença era um castigo de Deus ao estilo de vida imoral dos homossexuais.

Ela disse que tudo não passou de um mal entendido e que nunca fez essa afirmação, mas milhares de fãs, revoltados, devolveram seus discos à gravadora e sua popularidade diminuiu.

A cantora continuou emplacando sucessos nas paradas durante os anos 1990 e 2000, mas lançou poucos discos no período.

O mais recente, Crayons, saiu em 2008.

Ela continuava cantando e participando de eventos beneficentes.

Em 2009 veio ao Brasil para uma série de apresentações.

Ao longo de sua carreira, a cantora vendeu milhões de cópias de seus discos e singles.

Emplacou quarenta músicas no Top 40 da parada da Billboard e ganhou 5 Grammys, além de vários outros prêmios.