Ações dos bancos brasileiros estão sob “risco triplo”
Brasil - Economia - Mercado de Ações
HSBC simulou um “teste de estresse” para quantificar o efeito da ânsia do governo por taxas e juros menores
Os bancos brasileiros são ameaçados por três riscos principais. Em relatório enviado para clientes, os analistas do HSBC Victor Galliano e Mariel Santiago alertam para o fato de que os investidores ainda estão preocupados com as reduções nas taxas (combinado com incertezas dos efeitos das regras da poupança) e sujeitos a um crescimento moderado do crédito com a falta de eventos positivos que possam estimular uma valorização no curto prazo.
Para medir como esses riscos poderiam ter impacto nas ações dos bancos, os analistas simularam um “teste de estresse” nos bancos, retirando 200 pontos-base da projeção de rentabilidade sobre patrimônio líquido (RPL) para 2013.
Os analistas afirmam que, ainda assim, o valor dos bancos é visível. Embora o preço-alvo em 12 meses para os papéis tenha ficado menor após o teste, as ações ainda tem potencial para subir e as recomendações não mudaram.
"Nossos nomes preferidos são Itaú Unibanco, como nome de qualidade, e Banco do Brasil, como aposta em grande valor”, resumiram os analistas sobre os resultados.
As apostas
Os dois bancos apontados como preferidos têm recomendação de “overweight”, que significa alocação sugerida acima da média de mercado. Os outros papéis têm recomendação neutra para as ações.
Para o Itaú Unibanco, como risco de baixa das ações, os analistas destacam um crescimento do produto interno bruto (PIB) abaixo do esperado, que resultaria num crescimento lento do crédito por mais tempo, a deterioração nos índices de qualidade de ativos, ou ganhos de sinergia e economias abaixo do projetado.
Já para o Banco do Brasil, os analistas destacam a chance de um índice de qualidade abaixo do esperado, que levaria a um aumento das provisões e redução dos lucros, e uma possível pressão acima do esperado nas margens, causada por um mix de crédito desfavorável.
Riscos
Na visão dos analistas do HSBC, o sentimento dos investidores sobre o setor financeiro sofreu o impacto de um risco triplo, que combina pressão sobre spreads, crescimento moderado do crédito e índice de inadimplência.
Tudo isso vêm de um cenário onde o governo se esforça para manter uma Selic baixa, muda as regras da poupança, e incentiva a queda nas taxas praticadas em bancos estatais (forçando indiretamente o mesmo feito para os bancos privados).
“Há muita incerteza a respeito dos retornos dos bancos em um ambiente de taxas de juros mais baixas, e o peso nesse ciclo de
inadimplência não ajuda”, afirmam.
Confira todas as recomendações e estimativas:
Banco | Código | Cotação em 10/05 | Preço-alvo antes do teste | Preço-alvo após o teste | Recomendação |
---|---|---|---|---|---|
Bradesco | BBDC4 | R$ 29,5 | R$ 34,5 | R$ 32,5 | neutro |
Itaú Unibanco | ITUB4 | R$ 28,6 | R$ 39,0 | R$ 38,0 | overweigth |
Banco do Brasil | BBAS3 | R$ 22,3 | R$ 30,0 | R$ 29,5 | overweigth |
Santander | SANB11 | R$ 16,7 | R$ 17,0 | R$ 16,0 | neutro |
Banrisul | BRSR6 | R$ 18,0 | R$ 23,5 | - | Neutro |
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