De acordo com o mais recente Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), três em cada 10 alunos matriculados em instituições de ensino superior privadas contam com bolsas de estudo ou crédito especial.

Cerca de 215 mil estudantes são beneficiados por bolsas e mais de um milhão recorrem a programas de crédito estudantil.
Juntos, os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis por oferecer 42% das bolsas de estudo.

O principal programa é o Programa Universidade para Todos.

Já em relação ao crédito estudantil, as iniciativas estatais dão conta de atender 71% dos alunos que recorrem ao financiamento das mensalidades.

O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior é o recurso mais utilizado pelos estudantes.

As instituições de ensino privadas também desempenham um papel importante na oferta de oportunidades para os estudantes completarem a graduação.

Segundo os dados do Inep, 44% dos alunos bolsistas são beneficiados por programas mantidos pelas universidades e faculdades particulares.

Já os programas de crédito próprios das instituições de ensino atendem 18% dos alunos que recorrem ao financiamento. Instituições externas, como bancos comerciais, e outras instituições atendem 9% dos estudantes.

A oferta de bolsas pelas instituições de ensino é, em geral, condicionada ao bom desempenho dos alunos nos processos seletivos e ao longo do curso.

Já os programas de crédito estudantil privados costumam ter juros menores que qualquer outra modalidade de financiamento e até juro zero.

No entanto, podem exigir a comprovação de que o estudante será capaz de arcar com o valor das parcelas e também um fiador.

De acordo com o gerente de Operações Financeiras de um grande grupo educacional, Daniel Venturini, a oferta de bolsas e linhas de financiamento aos alunos tem o propósito de facilitar o acesso dos alunos interessados em obter um diploma de ensino superior.

“Essas iniciativas também são uma forma de combate à inadimplência e evasão escolar”, explica.

Pesquisa feita com alunos que recorrem a um programa de financiamento a juro zero, mantido por uma empresa gestora de crédito universitário e instituições de ensino conveniadas, apontou que 86% deles não fariam o curso em que estão matriculados se não tivessem a opção de financiamento.

“Os dados mostram que os brasileiros estão cada vez mais entendendo que é possível financiar a educação”, observa o diretor executivo da empresa, Carlos Furlan.