Empreendedores contam como criaram empresas de sucesso com baixo investimento
Brasil - Empreendedorismo - Abrir um Negócio
Há inúmeras razões para uma pessoa abrir um negócio, mas nenhuma delas parece suficiente quando falta ao empreendedor um item fundamental: dinheiro. A boa notícia é que é possível, sim, abrir uma empresa com pouco capital. Em setores como o de serviços, por exemplo, o investimento em matéria-prima costuma ser menor e o trabalho pode ser executado, muitas vezes, sem a empresa ter um escritório.
O Estadão PME separou duas histórias de empresários que começaram com pouco investimento e hoje comandam negócios de sucesso. Reinvestir o capital e caprichar na qualidade dos serviços são algumas das dicas para que você também consiga tirar a sua empresa do papel
Agência 14
Com apenas uma câmera e dois computadores, o jornalista Bruno Maia e o produtor Gabriel Lupi criaram, em 2008, a agência de conteúdo multimídia e gestão de mídias sociais 14. “Eu e meu sócio já trabalhávamos com prestadores de serviços e, quando percebemos que o mercado tinha potencial, nos juntamos e começamos investir no negócio conforme assinávamos novos contratos”, explica Maia.
Hoje, a empresa tem dez funcionários e um escritório em Copacabana, no Rio de Janeiro. Entre os clientes, figuram grandes empresas como a Oi, MTV e a Petrobrás. “Apostamos em relações de longo prazo com nossos clientes, mesmo que os valores de alguns contratos fossem baixos. Foi a garantia de ter esse capital que permitiu que investíssemos na empresa sem mexer no próprio bolso ou fazer um empréstimo. Isso torna o processo mais saudável financeiramente e emocionalmente”, diz Maia.
Agora os empreendedores vão expandir seus serviços também para São Paulo. Mais uma vez com baixo investimento. Sem ter como abrir uma filial na cidade, eles vão manter, por enquanto, apenas uma equipe de prestadores de serviços para acompanhar mais de perto os trabalhos na cidade. “Nossa estratégia é muito pé no chão. Sempre crescemos com a força de trabalho e reinvestimento total na empresa”, diz. “Para isso dar certo, é importante fazer o trabalho muito bem feito, poupar dinheiro e saber bem como investir no próprio negócio. Em longo prazo, isso consolida a empresa e faz a margem de lucro aumentar.”
BR Mobile
Rony Breuel e Guto Ramos, ambos com 24 anos, decidiram apostar em um mercado incerto: o de locação de tablets. Com apenas R$ 12 mil investidores na compra de seis iPads, eles abriram, em maio de 2011, a Br Mobile, empresa que deve chegar a R$ 1 milhão em faturamentos já no primeiro semestre deste ano. A ideia de abrir um empreendimento desse tipo partiu de Rony Breuel. Ele trabalhava com marketing esportivo nos Estados Unidos quando descobriu que uma companhia aérea começaria a oferecer iPads para entreter seus passageiros.
Uma rápida pesquisa na internet revelou ao futuro empreendedor que iniciativas semelhantes também existiam em outros países. Durante a elaboração do plano de negócios, ele e o sócio perceberam que havia mercado para locação de tablets para empresas. Com o aluguel dos primeiros seis iPads, eles conseguiram capital para investir na empresa. “Conseguimos um contrato com um grande cliente que precisava dos tablets dois dias depois”, relembra Breuel.
Para ganhar visibilidade, os empreendedores patrocinaram links em um site de buscas. “Aí começaram a chover ligações”, conta Breuel. A proposta começava a sair do papel e o dinheiro, a entrar no caixa. O patrimônio da BR Mobile conta atualmente com aproximadamente 250 tablets, alugados por R$ 18,90 ao dia.
O serviço é contratado por empresas que utilizam o aparelho para fins distintos como, por exemplo, servir de catálogo durante um evento. Estudantes que desejam incrementar suas apresentações também integram a carteira de clientes da BR Mobile. “Fizemos as pessoas perceberem as vantagens da locação. Elas não se preocupam com furto, manutenção e têm à disposição o modelo mais recente”, explica Guto Ramos, que gerencia uma carteira de 30 clientes fixos – entre os quais estão grandes marcas como Nestlé, Pfizer e Tramontina.
Além da locação, a empresa oferece aos clientes também aplicativos customizados. O produto já responde por 40% do faturamento do empreendimento. E é justamente por meio do desenvolvimento de novos projetos que os empresários pretendem dobrar o faturamento do negócio no ano que vem.“Enxergamos um potencial muito grande no mercado porque acreditamos que os tablets vão substituir os notebooks”, diz Ramos.
estadao.com/KF
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