Ações de portos quadruplicam com recorde em embarques no Brasil
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Investidores estão despejando dinheiro em ações de operadoras de portos brasileiros, mesmo a preços três vezes mais altos que os do mercado em geral. A expectativa é que os atrasos em embarques e os volume recordes de carga impulsionem os lucros dessas companhias.
O preço das ações das três empresas listadas na BM&FBovespa SA que operam portos no País pelo menos quadruplicou nos dois anos até março. Exportadores enfrentam atrasos no embarque por conta da demanda crescente por açúcar, soja e minério de ferro. Ao mesmo tempo, os níveis recordes das importações aumentam a receita para os portos.
A LLX Logística SA, controlada por Eike Batista, está construindo no estado do Rio de Janeiro o complexo de Açu, que, segundo o bilionário, será o terceiro maior porto do mundo. A Santos Brasil Participações SA, operadora do porto de Santos, o maior do País por valor embarcado, pode triplicar a capacidade dentro de sete anos, segundo a administradora de fundos Studio Investimentos, no Rio. A Triunfo Participações e Investimentos SA, que administra um porto em Santa Catarina, está tentando obter licenças para abrir um terminal no porto de Santos.
A demanda existe e o transporte marítimo tem enorme potencial de crescimento, acredita André Vainer, que ajuda a administrar R$ 600 milhões como gestor de fundos de renda variável da XP Investimentos, sediada no Rio de Janeiro. Para um porto que já está operando, o crescimento dos lucros é muito visível, diz ele.
Em fevereiro, Vainer aumentou sua posição na Santos Brasil e vendeu todas as suas ações da LLX, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O projeto de Açu, programado para começar a operar no fim do ano que vem, tem muito “risco de execução”, disse ele. A dificuldade de se obter licenças ambientais no Brasil pode atrasar outros projetos portuários, o que ajudaria a Santos Brasil, que já move as cargas, disse Vainer.
Minério de ferro
O volume embarcado em portos brasileiros cresceu 14 por cento em 2010 para 833,9 milhões de toneladas, impulsionado principalmente pelas exportações recordes de minério de ferro, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários. As importações dispararam 42 por cento para US$ 181,6 bilhões no ano passado, com o crescimento econômico mais forte em duas décadas impulsionando a demanda dos consumidores. As exportações subiram 32 por cento para US$ 201,9 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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