Segunda-Feira 09/06/2025 12:07

Minas Gerais, o estado dos novos ricos

Brasil - Desenvolvimento Social - Ascensão Social

Levantamento da Fundação Getulio Vargas mostra que ascensão social em MG é mais rápida do que na média nacional.

Em Minas, os novos ricos são mais novos e mais ricos.

É o que mostra projeção da Fundação Getulio Vargas (FGV): a participação da classe A na composição social deve crescer 160% até 2014, ante 88,7% na média nacional.

Em 2003, os ricos eram apenas 2,74% no estado, cresceram para os atuais 5,4% e devem chegar a 7,13% do total da população em 2014 - sempre segundo a FGV.

“O processo de ascensão social começou na classe C, mas vai criando massa crítica, que se reflete também no topo. E com velocidade muito maior”, diz o coordenador do Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV, Marcelo Neri.

Leia abaixo a reportagem do jornalista Frederico Bottrel, do jornal Estado de Minas (ou clique aqui para lê-la no site do próprio jornal):

Mineiros saem na pole position pela ascensão social no país

Dessa história de subir na vida o empresário Daniel de Aguiar entende. A renda dele não bate os R$ 9,7 mil que são ponto de partida para a Classe A. Ainda.

Em dois anos, ele terá se formado como piloto de helicóptero comercial, e, além das nuvens, o upgrade social, segundo ele, vem “se Deus quiser!”.

Mais que questão de fé, a velocidade da ascensão à classe A já chama tanta atenção, paralelamente ao tão falado crescimento da classe média, que transformou a pirâmide social em losango no Brasil.

Em Minas, a participação da classe A na composição social deve crescer 160% até 2014, contra 88,7% da média nacional.

Em 2003, a participação da classe A no estrato social mineiro era de 2,74%. A projeção da FGV é de que essa participação, hoje em 5,4%, chegue a 7,13% em 2014.

O crescimento da classe C, enquanto isso, terá sido de 72% no estado e 60,3% no país. Os números são de levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), feito a pedido do Estado de Minas.

A base de comparação é a participação dessas classes de consumo em 2003.

Rumo ao topo do losango social, Daniel comprou esta semana um iPad com a namorada, Júlia Konarzewski.

Dividiu os R$ 1,7 mil do preço do brinquedo em duas parcelas. O eletrônico, sonho de consumo contemporâneo, vai ser usado na empreitada de subir na vida – no caso, literalmente, uma vez que é material didático do curso de piloto.

“O processo de ascensão social começou na classe C, mas vai criando massa crítica, que se reflete também no topo. E com velocidade muito maior”, destaca Marcelo Neri, coordenador do Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV.

A nova classe trará hábitos de consumo distintos para esse mercado, segundo o pesquisador da FGV.

“A mobilidade social tem essa consequência. É, proporcionalmente, a mesma coisa que ocorre com o mercado voltado para a classe média, que se adapta também a gostos e padrões comportamentais de consumo habitualmente relacionados às classes D e E.”

Obviamente, a classe C continuará sendo a maioria, conforme as projeções do levantamento.

Hoje ela já responde por 55% no estrato das classes de consumo do Brasil e por 59,5% em Minas. “A má notícia para os pesquisadores é que Minas não é mais retrato tão fidedigno do Brasil. A boa é que é retrato melhorado”, pondera Neri.

O ritmo de crescimento da classe A ja é percebido por empresários habituados às especificidades do chamado mercado premium.

E causa impactos diretos também no crescimento desses negócios. Rosália Nazareth, joalheira da marca de mesmo nome, conta, em sua loja em Lourdes, bairro nobre de Belo Horizonte, que o crescimento de 20% no faturamento é constante dos últimos dois anos.

Rosália, com o perdão do trocadilho, reluz com notícias como a desta reportagem:

“Há dois anos, diamantes de um quilate eram praxe. Hoje os de três, quatro quilates são desejadíssimos. Ninguém quer menos que isso. E só esse fato já faz com que a raridade dessas pedras ajude a regular o mercado e fazer com que o preço suba”, diz, antes de poetizar: “A joia não é uma compra, é um desejo”. Turmalinas paraíba, esmeraldas e rubis são outras das pedras nobres feitas para poucos.

Se esses poucos são cada vez mais, quem comemora é a joalheira.

No ramo da alimentação fora de casa, mudanças de padrão decorrentes da ascensão social também se fazem sentir. É o que diz o chef do Dávida, restaurante classe A localizado também em Lourdes.

“Estava habituado a trabalhar em restaurantes com menu desgustação e aqui faço questão de que os pratos sejam bem servidos. É forma de me aproximar da demanda”, conta Felipe Rameh.

O proprietário do restaurante, Allyson Lessa, percebe o avanço da classe A principalmente no movimento durante dias anteriormente considerados fracos e no consumo de bebidas:

“Às segundas e terças, nossa ocupação era de 20% há seis anos. Hoje é de 60%. E a média de consumo de vinhos saltou de R$ 85 para R$ 120”.

Primeira Hora News/JE

ascensão social, ricos, classe A, massa crítica, renda, composição social

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