A agente Socioeducadora do Pomeri, Josiane Amorim, conseguiu aliar conhecimento teórico à prática durante o evento.

Os três dias de realização do Seminário “Reinserção social de jovens e adolescentes: desafios do Sistema Socioeducativo” reuniram membros de diversos segmentos que trabalham com adolescentes em conflito com a lei e proporcionou um debate integrado voltado a humanização e eficiência no atendimento.

O evento, realizado entre os dias 20 e 22 de março, teve o apoio do da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e recebeu palestrantes do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná e Mato Grosso.

Na avaliação da secretária-Adjunta de Direitos Humanos de Mato Grosso, Vera Araújo, o seminário foi essencial para o debate com os operadores do sistema para repensar a formação do adolescente.

A secretária enfatizou que é preciso conduzir as medidas educativas de modo que esses adolescentes retornem à sociedade como cidadãos de fato.

A secretária afirmou que é fundamental oferecer os sistemas abertos e semiabertos, aliados com educação. Por isso a importância da discussão com os educadores, que não podem olhar o adolescente com preconceito e excluí-lo.

“Este seminário terminou com um saldo muito positivo. Colocamos todos aqueles que devem atuar nesta área. Será um trabalho permanente que Mato Grosso vem avançando. O adolescente corrigido no seu primeiro ato infracional, vai entender que não há impunidade, é preciso condições para que ele possa se recuperar”, afirmou.

A agente Socioeducadora do Pomeri, Josiane Amorim, conseguiu aliar conhecimento teórico à prática durante o evento.

Segundo ela, este foi um momento de aprendizado que será importante no trato diário com os adolescentes. “Esse curso vai ajudar para que o agente perceba a importância da humanização do atendimento. É preciso saber como tratá-lo, ver o lado dele. Todas essas discussões vão nos ajudar a ter uma outra visão”, afirmou.

Oficina

O professor doutor Paulo César Duarte, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), ministrou a oficina ‘Socioeducação: práticas e metodologias de atendimento’. Duarte enfatizou a prevenção e a importância da liberdade assistida para a recuperação do adolescente.

Segundo o palestrantes, o objetivo é a formação socioeducadora, que compreenda os fatores que fizeram com que aquele adolescente se tornasse agressivo.

“O sistema fechado deseduca. É preciso a sociedade se mobilizar para recuperação do adolescente, sem olhar com preconceito. Se não houver investimentos nessa área o prejuízo será certo”, afirmou.

O seminário encerrou a primeira etapa de um trabalho inédito, realizado junto aos profissionais das diferentes áreas que atuam no atendimento de adolescentes em Mato Grosso.

Entre os participantes, servidores do Sistema Socioeducativo, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselhos Tutelares, Conselhos de Direitos das Crianças e Adolescentes, Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e núcleos acadêmicos.

O evento encerrou o Projeto de Formação Continuada para Operadores do Sistema de Atendimento Socioeducativo, em curso desde o mês de agosto de 2011, na Capital e interior do Estado.