O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (16) que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 deve registrar um crescimento ao redor de 3%. "Isso aqui [resultado do IBC-Br divulgado pelo Banco Central] não é o PIB. É uma estimativa que é feita. O PIB deverá dar em torno de 3%. Um pouco mais ou um pouco menos", disse ele.

Até o momento, Mantega vinha falando que a expansão do PIB em 2011 ficaria um pouco acima de 3%. Segundo informação divulgada mais cedo pelo Banco Central, o 115crescimento de 2011 teria ficado em 2,79%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), que busca ser uma "prévia" do resultado do PIB. O índice oficial será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente no começo de março.

Aceleração no fim de 2011
"O que o índice [divulgado pelo Banco Central] mostra é justamente aceleração da economia. O índice do BC mostra que, nos meses de novembro e dezembro, houve aceleração da economia, depois de desaceleração ocorrida em setembro e outubro. Inclusive para a indústria, que acelera em novembro e dezembro. Mostrando que o setor que estava com mais dificuldades econômicas, que é a indústria, está na rota da recuperação", declarou o ministro Mantega a jornalistas. Em dezembro, o IBC-Br, do Banco Central, subiu 0,57%, após avançar 1,29% em novembro.

Segundo Mantega, a economia brasileira iniciou este ano em aceleração. "Entramos em 2012 com a economia acelerando e nós devemos manter essa trajetória da economia. Temos sinais de vários setores de que vamos crescer mais neste ano, começando mais lentamente no primeiro semestre e acelerando mais no segundo (...) O importante é a trajetória. Esse PIB já está ficando para trás e a gente já está caminhando para um PIB maior em 2012", disse ele.

Corte na taxa de juros
Mantega avaliou ainda que "várias condições" vão possibilitar essa trajetória de aceleração do crescimento em 2012, entre elas a redução da taxa básica de juros, atualmente em 10,5% ao ano. O Banco Central já sinalizou que pode reduzir os juros para um patamar abaixo de 10% ao ano nos próximos meses.

"A inflação está caindo, o que possibiilta ao BC ter uma política [relacionada com a taxa de juros] mais flexível e isso já está ocorrendo. O crédito tende a aumentar mais agora com taxas de juros menores. Nós temos um orçamento de investimentos muito forte para 2012 e isso também vai ajudar a dinamizar a economia", afirmou o ministro da Fazenda.