Os 50 anos de bloqueio econômico em Cuba são tema de uma série especial de reportagens do Opera Mundi.

A série de reportagens, que começou a ser divulgada nesta quarta-feira, analisa hoje dois fenômenos novos: a  abertura de pequenos negócios na Ilha  e o crescimento das exportações brasileiras ao país.

Considerados fundamentais no processo de atualização do modelo econômico do país, os pequenos negócios respondem pela expectativa de absorver parte da massa de trabalhadores que será dispensada de suas funções públicas.

Opera Mundi revela que 80% dos cinco milhões de trabalhadores cubanos são servidores públicos.

E de 500 mil a um milhão de cubanos poderão ser demitidos.

O fato é que o governo pretende enxugar o excesso de funcionários da máquina estatal, aumentar a produtividade e melhorar os salários.

Outras transformações como pagar imposto sobre a renda e contribuir para a previdência social serão parte da realidade dos cubanos.

O setor privado está sendo preparado para a nova realidade que se avizinha: o número de licenças concedidas às atividades autônomas chega a 325 mil.

Já estão liberadas, também, as contratações de mão de obra nas 178 atividades do setor privado.

A preocupação, evidentemente, é que o índice de desemprego não aumente.

Hoje Cuba apresenta uma taxa de 2% – no Brasil, ela gira em torno de 6%.

Exportações brasileiras aumentaram

Outra reportagem do portal Opera Mundi, hoje, abordada diz respeito ao crescimento das exportações brasileiras para a Ilha, a ponto de nos tornar o 5º. parceiro comercial de Cuba: elas cresceram 5.9 vezes (496%) desde 2003, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC).

Já o Ministério das Relações Exterior (MRE) aponta que as importações de mercadorias brasileiras superaram os US$ 600 milhões no ano passado.

Nós exportamos principalmente óleo de soja, milho, café e arroz; e importamos charutos e vacinas.

O turismo, porém, apresenta-se como a grande aposta cubana – no ano passado, cerca de 14 mil brasileiros visitaram Cuba.

Em pouco mais de um ano, 285 empresas estatais e privadas de todos os cantos do globo se instalaram na Ilha.

As brasileiras miram, sobretudo, o setor hoteleiro e o ramo da construção civil.

Um dos mais recentes exemplos é empresa baiana Odebrecht, responsável pela construção do porto de Mariel e que recentemente anunciou sua entrada no setor de produção de açúcar no local, em parceria com uma estatal cubana.

O especial 50 Anos de bloqueio econômico em Cuba trará novas matérias até amanhã.

Não deixem de conferir, também, as matérias anteriores sobre o início do bloqueio, as oscilações do PIB, as reformas econômicas na década de 1990, a nova postura em relação ao empreendedorismo privado e agricultura no país.

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