Por que a Redecard vale mais do que diz o Itaú
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HSBC aponta que um acordo mais amplo com a Hipercard poderia fazer ação valer R$ 41
O Itaú Unibanco já avisou que não pagará mais que 35 reais por ação da Redecard (RDCD3) na hora de fechar o capital da empresa. O valor justo, porém, pode ser mais alto do que isso, segundo uma análise elaborada pelo HSBC. Em relatório enviado para clientes nesta quarta-feira, o analista Paulo Ribeiro avalia que a OPA (oferta pública de aquisição) faz sentido, mas o preço não.
‘Acreditamos que o Itaú vê na Redecard mais valor do que o mercado precifica atualmente’, afirmou no relatório. Como o banco é quem dá o principal norte para o preço da Redecard, tem uma vantagem única para desenhar perspectivas em relação ao potencial de crescimento da credenciadora de cartões.
O HSBC estima um preço-alvo de 39 reais para os papéis da Redecard e mantém a recomendação de compra em ‘overweight’, o que significa que a recomendação é dar mais peso para as ações numa carteira de investimentos. Talvez, o Itaú esteja pagando barato demais pela Redecard. Esse preço-alvo poderia ser ainda maior se outro ‘pequeno’ detalhe fosse levado em consideração. ‘Estimamos o preço com base no preço-alvo que o mercado projetava para daqui a 12 meses, mas estamos oferecendo esse valor hoje’, disse Roberto Setubal, presidente do banco, em teleconferência realizada hoje.
Em 2010, a Redecard fechou um acordo para capturar parte das transações da bandeira Hipercard, que também é uma empresa do Itaú Unibanco e faz sucesso no Nordeste e no Sul do país. Podem existir discussões sobre levar toda a base de clientes da Hipercard para ser ‘capturada’ pela Redecard, o que faria a credenciadora aumentar em cerca de 10% o volume de transações, uma vantagem importante na competição com a Cielo.
Levando esse ponto em consideração, o preço-alvo estimado pelo HSBC passaria para 41 reais.
O analista Paulo Ribeiro participou da teleconferência realizada na manhã de hoje entre o Itaú e o mercado, acompanhada também por EXAME.com. Ao questionar Roberto Setubal, presidente do banco, sobre o valor ofertado e o potencial agregado pela Hipercard, não teve uma resposta definitiva.
Setubal afirmou apenas que oferta foi feita com base em números conhecidos do mercado. A média, porém, é composta de números que variam muito. Enquanto o preço-alvo do analista do HSBC está em 39 reais, por exemplo, a menor estimativa beira os 27 reais, segundo a própria página de relações com investidores da Redecard.
Cielo tem potencial de valorização
As ações da Cielo (CIEL3) também são influenciadas pela OPA da Redecard. Os papéis têm a classificação ‘overweight’ pelo HSBC e o preço-alvo está estimado em 61 reais, o que significaria um potencial de valorização de 8,44% sobre o fechamento de ontem. Na análise de Paulo Ribeiro, a OPA da Redecard traz oportunidades e desafios para a empresa, conforme explicou em relatório.
Entre as oportunidades, o analista destaca que a Cielo pode se tornar a preferida para acordo com a maior parte, se não todos, bancos brasileiros – com exceção, é claro, do Itaú Unibanco. A possibilidade de que as ações da Cielo ganhem um prêmio maior também é destacada como uma vantagem. Do outro lado, um dos principais desafios é o risco de que a Redecard corte preços para lojistas e torne-se mais competitiva. A fragmentação do mercado de credenciadoras no Brasil também é uma hipótese, ainda com chance mínima de concretização.
Portal Exame / M.V.
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