Uma vermelhidão na pele que se apresenta em pequenos nódulos em forma de grãos. Essa é a principal característica da Sarcoidose, uma doença que afeta principalmente pessoas adultas, com preferência pelas mulheres, e pode provocar lesões na pele e outros órgãos como os pulmões e os gânglios linfáticos. O distúrbio pode chega a atingir também o coração em 15% dos casos.

Não se sabe ainda como se pega esta doença, mas especialistas acreditam que ela surge a partir do enfraquecimento do sistema imunológico associado à exposição a bactérias, poeiras ou até substâncias químicas. "Já sabemos que ela não é contagiosa, mas ainda assim causa um desconforto enorme ao paciente e por isso é necessário tratá-la o quanto antes", explica o médico dermatologista Fernando Passos de Freitas.

Sintomas

Os sintomas são variados e dependem da parte do corpo afetada, o que torna o diagnóstico da doença mais difícil. Muitos pacientes têm a sarcoidose descoberta por acaso, após realizarem uma radiografia de tórax, por exemplo. Os sintomas mais comuns envolvem os pulmões, a pele, os gânglios linfáticos e os olhos. "Os pulmões são afetados em 90% dos casos. Pessoas que têm sarcoidose podem apresentar tosse, chiado ou falta de ar, mas muitas pessoas não têm nenhum sintoma", observa o médico. Já as lesões na pele (cerca de 30 a 50% dos casos) se manifestam de diferentes formas.

Mas, em qualquer situação, a confirmação do diagnóstico deve ser feita por meio de uma biópsia. "Nas formas mais problemáticas da doença, pode ocorrer a formação de nódulos inflamatórios acompanhados por febre e dor articular. Outra característica constitui na formação de placas elevadas e avermelhadas, de tamanhos variados, cuja localização mais frequente é a face", explica Fernando Passos.

Um dos sintomas mais comuns recebe o nome de "Lupus pérnio", uma espécie de infiltração de cor avermelhada localizada no centro do rosto. Ela também pode se apresentar formando placas circulares com bordas elevadas e centro mais profundo ou, ainda, pela formação de nódulos subcutâneos cobertos por pele de aspecto normal. A infiltração de cicatrizes antigas é outra característica.

Tratamento

Há no mercado duas alternativas eficazes: O uso de corticosteroides tópicos (cremes e pomadas) ou a aplicação de corticoide nas lesões. Neste último caso, o procedimento é feito por um médico através de injeções. Nos casos mais graves, ou com comprometimento de outros órgãos, é necessário um tratamento mais forte com o uso de corticosteroides orais associados a outras terapêuticas.