Domingo 08/06/2025 06:15

Novidades do rugby brasileiro para 2012

Brasil - Esporte - Confederação Brasileira de Rugby

“Somos muito gratos aos vários colaboradores que tanto dedicaram seu tempo familiar e profissional à CBRu, mas é chegado o momento de mudanças substanciais”, comenta Sami Arap Sobrinho, presidente da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).

Depois de uma temporada de conquistas e frustações para as Seleções de XV e Sevens, e com aumento da visibilidade da modalidade, o gestor acredita que ainda há muito a melhorar e planeja, a longo prazo, a classificação do Brasil para uma Copa do Mundo.

As equipes têm apresentado melhoria técnica e experimentado boas surpresas com os jovens árbitros.

Contudo, a implementação de programas de capacitação técnica é necessária para que o País transforme-se em uma potência da modalidade.

Para isso, o foco em uma gestão eficiente é essencial, tanto para a CBRu quanto para as federações estaduais.

“Na minha opinião, quem não se profissionalizar, morrerá lentamente ao longo dessa caminhada”, comenta o presidente.

Assim, os esforços serão redirecionados para novas prioridades e as responsabilidades dos novos gestores serão focadas em resultados, para que a modalidade tenha um crescimento ordenado.

Confira entrevista com o presidente da CBRu:

Quais os principais fatos que marcaram o rugby brasileiro em 2011?

Sami Arap: O ano de 2011 foi marcado por reestruturações e reorganizações de Seleções e campeonatos, especialmente o aumento de competições internacionais para as Seleções Brasileiras de XV e Sevens.

Tivemos resultados bons no Sevens Masculino (circuito sul-americano, CONSUR, Newquay e Middlesex), Sevens Feminino (CONSUR e tour europeu), XV Masculino (CONSUR “A”) e Seleções de Praia (Jogos Sul-Americanos de Praia).

Entretanto, fomos surpreendidos no Pan de Guadalajara e em Dubai, talvez pelo desgaste físico dos atletas, bem como não conseguimos fazer uma preparação adequada para nossa Seleção M19.

Focaremos esforços nas categorias de base, especialmente agora que possuímos a Academia Brasileira de Rugby (Centro de Treinamento em SJC).

Plantamos a primeira semente do Fale Conosco (programa de desenvolvimento) e tivemos bom retorno das cidades visitadas. Melhoramos a capacidade financeira da CBRu e logramos inserir o rugby em transmissões ao vivo na televisão. O saldo é muito positivo.

Como o senhor avalia o segundo ano da nova gestão? O que é preciso fazer para melhorar?

Sami Arap: A partir de Janeiro de 2010, começamos um trabalho de recuperação e reestruturação da entidade.

Em 2011, melhoramos o perfil das competições, aumentamos o volume de jogos internacionais e asseguramos a Academia Brasileira de Rugby.

Ainda há muito trabalho por fazer. Temos que profissionalizar a estrutura com pessoas altamente capacitadas e isso será feito em 2012.

Usávamos pessoas ligadas ao rugby e muitas delas ainda ligadas ao clubes e atuando em torneios. Isso deve acabar. Vamos otimizar a equipe e investir melhor os recursos da CBRu.

Concluímos que o alto rendimento não alcançará patamares de excelência se não elevarmos o nível das comissões técnicas.

Faz-se necessário a criação de uma “Diretoria de Rugby”, cujo objetivo será basicamente:

  • 1- identificação e coordenação de uma única comissão técnica, para todas Seleções de XV e de Sevens, formada por profissionais oriundos do “tier 1”;
  • 2- implementação de um programa efetivo de desenvolvimento; e
  • 3 – criação de um programa de identificação de talentos oriundos do rugby e de outras modalidades.

Somente com planejamento e organização voltaremos a integrar o top-30 do ranking da IRB (Federação Internacional) e até almejar uma classificação para uma Copa do Mundo à longo prazo.

Quais as metas para 2012?

Sami Arap: 2012 será um ano muito difícil em vários aspectos. Teremos várias mudanças estruturais e culturais. Somente aqueles que tiverem competência reconhecida, dedicação e capacidade de assimilação das alterações permanecerão no grupo de trabalho futuro.

Se almejamos, por exemplo, a classificação do Brasil a Copa do Mundo de Sevens na Rússia, em março de 2013, é fundamental termos uma seleção permanente dedicada ao Sevens.

Dessa forma, os atletas masculinos de Sevens não representarão o Brasil na Seleção de XV. Precisamos treiná-los de forma coordenada e focada para o Sevens. Além disso, é necessário salvaguardá-los do ponto de vista físico.

Em 2011, nossos atletas terminarão a temporada totalmente cansados e lesionados. Com isso, abre-se uma chance para que novos atletas sejam identificados para a Seleção de XV e ainda a Seleção Feminina de Sevens terá a mesma chance da Seleção Masculina, até porque tem alcançado melhores e constantes resultados no âmbito da CONSUR (Confederação Sulamericana de Rugby).

Como vc avalia a experiência com a Lei de Incentivo do Esporte? Pretende ampliar a quantidade de projetos? Quais?

Sami Arap: A Lei de Incentivo do Esporte é uma excelente ferramenta para divulgação da modalidade, aliada a captação de recursos financeiros. É uma oportunidade sem precedentes para atrair potenciais patrocinadores para Seleções Brasileiras e torneios da CBRu.

É um caminho a ser seguido pelas equipes que pretendem profissionalizar-se. Em 2012, teremos projetos de LIE para as Seleções Brasileiras e para o Super 10.

Além dos projetos financiados via LIE, buscaremos melhorar a Copa Cultura Inglesa (M18), manteremos a Copa Michel Etlin (M15) e implementaremos um Circuito Brasileiro de Rugby Sevens para equipes femininas.

É importante fomentarmos a prática do rugby feminino nos Estados, buscando divulgar a modalidade e aumentar o número de praticantes. Equipes como Charrua e Desterro estão praticamente isoladas em seus Estados.

As Federações Estaduais devem investir na divulgação da prática do rugby feminino.

A CBRu tem hoje seis federações filiadas.

Como estruturá-las para auxiliar o desenvolvimento da modalidade?

Sami Arap: Os estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo e organizaram suas Federações Estaduais, entretanto, não basta ser uma “entidade de papel”.

É preciso ser atuante e trabalhar com metas de desenvolvimento e alto rendimento em seus Estados.

A existência da Federação concede ao Estado o direito de representação perante à CBRu, mas a Federação é responsável pelo fomento da prática da modalidade no Estado e criação de torneios competitivos. Poucos estados implementaram suas atividades com sucesso e a CBRu torce para que as Federações se profissionalizem.

Temos ciência que outros estados, tais como Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Mato Grosso e o Distrito Federal, querem organizar suas Federações e isso é um bom começo, que acarreta na organização da modalidade no País.

Sem organização, não há divulgação; sem divulgação, permanece o amadorismo; o amadorismo não alcançará as metas de excelência necessárias para o rugby tornar-se uma modalidade amplamente praticada no País.

A CBRu tem hoje grandes parceiros. Ainda existe espaço para novos investidores? Quais as demandas da entidade?

Sami Arap: Graças a reputação e credibilidade dos membros que integram a atual Administração, a CBRu conquistou importantes parceiros: Topper, Bradesco, Heineken, Grupo CCR, Cultura Inglesa, Probiótica, Terapêutica e Cremer, além de uma ótima relação com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Ministério do Esporte (ME).

Buscamos sempre novos parceiros, especialmente para o desenvolvimento regional e para as categorias de base.

As Federações Estaduais e os clubes devem seguir o “modelo CBRu” e buscar parceiros locais para apoiar as atividades em seus Estados.

O maior investimento da CBRu a partir de 2012 será categorias de base e comissão técnica de nível internacional.

Se a juventude é o “futuro do rugby brasileiro”, como estimulá-los e garantir a continuidade do trabalho?

Sami Arap: Estamos certos que o rugby é uma ferramenta inigualável de educação, através de seus valores de respeito, lealdade, camaradagem, jogo em equipe, comunicação e transparência.

Rugby é uma escola de vida, um ambiente altamente familiar e um mecanismo de inclusão social.

Temos participado com muito êxito nos Jogos Escolares Brasileiros, pelo convite do COB.

Alcançamos centenas de crianças até 15 anos que ficam maravilhadas com a experiência do rugby sem contato (“tag rugby”).

É muito importante estabelecer-se parcerias com as Prefeituras locais, visando obter a infraestrutura necessária para a prática da modalidade (campos públicos) e introduzir rugby na grade de educação.

Redação/Bagarai.com.br/DF

colaboradores, profissional, CBRu, mudanças substanciais, melhoria técnica, COB

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