Cinco projeções para os países emergentes até 2050, segundo Goldman Sachs
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Há 10 anos a equipe econômica do banco Goldman Sachs, liderada por Jim O’Neill, passou a acompanhar mais de perto o crescimento das principais economias emergentes. Foi naquela época que O’Neill criou o termo BRIC para se referir ao grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, os emergentes com as perspectivas mais promissoras.
Nesta semana o Goldman divulgou um estudo com projeções para os emergentes nas próximas três décadas. Segundo os economistas responsáveis, os números são ‘tão incríveis quanto eram há dez anos’. De acordo com o estudo, os BRICS estarão entre as cinco maiores economias do mundo até 2050. Veja abaixo cinco projeções do Goldman Sachs para os países emergentes.
Os BRICS estarão no ‘Top 5’ em 2050
O relatório do Goldman Sachs diz que as projeções para os BRICS são ‘tão incríveis quanto eram há dez anos’, quando o banco começou a dar maior atenção para o grupo de países. A expectativa dos analistas é que em 2050 estas economias estejam entre as cinco maiores do mundo.
O ‘top 5’ será, pela ordem: China, Estados Unidos, Índia, Brasil e Rússia. Neste cenário, o banco estima que a China ultrapasse os Estados Unidos em 2026. Os BRICS, juntos, devem somar uma economia maior do que a dos países do G7 em 2032.
‘Não-BRICS’ crescem também (e muito)
Nas próximas três décadas outros países emergentes fora dos BRICs também terão uma fase de forte crescimento econômico. É o caso de Egito, Vietnã, Indonésia, Bangladesh, dentre outros. Na última década, 27% do crescimento da economia mundial correspondeu à contribuição destes países.
Em 2050, esta proporção deve aumentar para mais de 40%. O relatório do Goldman observa, entretanto, que estas projeções dependem de investimentos que sustentem o crescimento sustentado destes países.
Emergentes vão reduzir desigualdades...
As projeções do Goldman para a distribuição de renda nos países emergentes é otimista também. Os analistas esperam uma redução na desigualdade dentro de cada nação, mas também entre nações.
Assim, a classe média nas economias emergentes deve aumentar nas próximas décadas, e o número de países de renda média vai crescer também. ‘Como resultado do crescimento continuado dos BRICS e de outras economias emergentes, vemos um aumento constante na distribuição de renda nestes países’, diz o relatório.
...mas ainda ficam longe dos países ricos
Apesar do crescimento, os emergentes ainda vão ficar muito atrás dos países ricos quanto ao PIB per capita. Até 2050, a renda por habitante de Brasil e Rússia vai aumentar quatro e seis vezes, respectivamente. Na China, o aumento será de nove vezes.
‘Mas apesar deste crescimento, o PIB per capita destes países continuará sendo apenas uma fração do dos Estados Unidos. Isto ressalta algo que já havíamos dito em nossas primeiras projeções para os BRICS: o processo de convergência de renda leva muito tempo’, dizem os analistas do Goldman.
BRICs e companhia vão deixar o ambiente mais tenso
À medida que a distância entre economias desenvolvidas e emergentes diminuir nas próximas décadas, a tensão entre os países deve aumentar, por causa da sensação de maior competitividade no cenário global. Esta situação complicada pode, por sua vez, estimular países a preferir o isolamento político em vez de maior integração.
Portal Exame/ V.H.
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