Com 50% das obras do Hospital do Trauma executadas até o momento, a Prefeitura de Campo Grande depende de formalização de acordo com a Assembleia Legislativa, para garantir repasse de recursos da ordem de R$ 4 milhões e assim poder dar continuidade à construção da primeira unidade especializada em atendimento de ortopedia e traumatologia de Mato Grosso do Sul.

O apoio financeiro do Legislativo estadual, que foi anunciado em julho deste ano pelo próprio presidente da Casa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), é considerado fundamental para as obras da unidade serem concluídas em dezembro do ano que vem, segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio De Marco.

“O Hospital do Trauma está orçado em R$ 9,86 milhões, sendo R$ 6,91 milhões do Ministério da Saúde. O prefeito conseguiu um acordo com a Assembleia para receber um repasse de R$ 4 milhões. Se não tivermos esse repasse, não será possível terminar a obra”, afirmou.

Há 15 meses em execução, as obras do Hospital do Trauma ainda permanecem concentradas na parte interna do prédio, com área construída de 6.000 metros quadrados e três pavimentos.

Diariamente, cerca de 30 trabalhadores atuam nas instalações elétrica, hidráulica e de tubulação de oxigênio do edifício.

As obras do Hospital do Trauma foram lançadas em novembro de 2009, durante visita do então do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao Estado.

Após quase dois anos de negociação, que incluiu diversas viagens do prefeito Nelsinho Trad a Brasília na tentativa de “destravar” o projeto e extensa adequação documental e jurídica, visando mudar o uso do prédio, até então projetado para construção de uma maternidade e com as obras paralisadas há quase uma década, os trabalhos foram iniciados em junho do ano passado.

Na primeira etapa, as frentes de trabalho concentraram-se no interior do prédio, executando a limpeza e a substituição de partes da alvenaria degradada pela ação do tempo e de materiais que não são mais aceitos pelas normas atuais, além da construção das tubulações elétrica, hidráulica e de gás.

Paredes antigas foram demolidas e novas foram erguidas para atender às exigências do projeto atual.

“Hoje, a conclusão do hospital não depende mais de projeto executivo, nem de questões técnicas. Viabilizando toda a questão financeira, na parte física não há dificuldades (para concluir)”, avalia o secretário De Marco.

Ele acredita que a formalização do repasse de recursos entre a Assembleia Legislativa e a Prefeitura, que depende ainda do Governo do Estado para ser efetivada, está próxima de ser viabilizada. “É uma causa mais do que justa, uma obra muito importante para a cidade e para a região, porque será um centro de referência para o traumatizado em Campo Grande”, comentou.

Obra

O Hospital do Trauma terá 134 leitos de enfermaria (entre internação, observação, CTI e isolamento) e cinco salas de cirurgia, oferecendo atendimento nas especialidades médicas de ortopedia, neurocirurgia, cirurgia torácica, cirurgia bucomaxilofacial e cirurgias gerais relacionadas a trauma.

Também serão realizados dentro da própria instituição exames como tomografia e ressonância magnética.

Uma passarela irá ligar o Hospital do Trauma à Santa Casa, facilitando o intercâmbio das atividades.