Exame em recém-nascidos agora é lei
Estado - Saúde - Exame de Oximetria de Pulso
Todos os recém-nascidos em Mato Grosso do Sul devem passar por exame de oximetria de pulso, é o que diz a Lei nº 4.131, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (6) pelo governador André Puccinelli.
O Estado é o primeiro a realizar este tipo de exame no país.
A lei prevê que os exames sejam feitos ainda na sala de parto.
A medida é válida para todos os recém-nascidos, seja por plano de saúde privado ou público, mas que apenas aos que nascerem em hospitais públicos pelo SUS serão arcados pelo governo.
Exame
A oximetria de pulso é um exame que mede a quantidade de oxigênio no sangue. Com um medidor preso ao dedo, o exame é rápido e simples.
Teste simples é capaz de detectar 92% dos casos de cardiopatia em recém-nascidos.
Exame de oximetria de pulso utiliza sensores na mão direita e nos pés do bebê para checar a saturação de oxigênio no sangue.
Estudo da Sahlgrenska Academy da University of Gothenburg e de unidades da maternidade da região de West Götaland, na Suécia, mostra que um teste simples pode salvar as vidas de recém-nascidos com defeitos cardíacos.
Entre 2004 e 2009, os pesquisadores da Sahlgrenska Academy, liderados pelo professor Ingegerd Östman-Smith, empenharam-se para desenvolver um teste no qual são utilizados sensores na mão direita do bebê e nos pés para checar a saturação de oxigênio no sangue.
Este teste, conhecido como exame de oximetria de pulso, leva apenas alguns minutos e pode ser feito pela parteira.
Quando testado em 40 mil recém-nascidos em West Götaland, 92% dos casos de cardiopatia congênita canal-dependente foram detectados.
O estudo teve um grande impacto internacional depois de sua publicação na renomada revista British Medical.
Todos os recém-nascidos em Beijing já estão sendo examinados e na última semana o secretário de saúde dos Estados Unidos decidiu recomendar que todos os bebês nascidos no país fossem examinados com este teste antes de deixarem o hospital.
Vários municípios na suécia adotaram o teste, embora ainda não haja uma recomendação nacional.
O estudo revelou que a mortalidade dos bebês que deixavam o hospital sem diagnóstico de uma cardiopatia era de 18% ou seja, cerca de uma em cada seis crianças e de somente 0,9% para aquelas diagnosticadas antes de deixar o hospital.
Durante o período do estudo não houve mortes por cardiopatias não diagnosticadas deste tipo na região de West Götaland, mas houve cinco mortes em casa nas regiões usadas para comparação.
Cardiopatia
Um ou dois em cada mil bebês nascem com cardiopatia congênita canal-dependente, uma doença que põe a vida em risco e na qual falta a conexão normal entre o coração e os pulmões ou a aorta.
Quando o canal arterial, um vaso sanguíneo que está aberto apenas no feto, se fecha gradualmente nos primeiros dias depois do nascimento, o fluxo do sangue para os pulmões ou para a aorta é cortado, resultando em um colapso circulatório.
A maioria destes problemas cardíacos pode ser corrigida por uma ou mais operações, mas muitas das crianças não têm um sopro cardíaco audível, então a doença raramente é detectada pelo exame padrão feito no recém-nascido antes da alta hospitalar.
Estima-se que um terço dos recém-nascidos deixem o hospital sem ter a cardiopatia congênita canal-dependente diagnosticada e há um risco de que este número cresça, já que a internação se torna cada vez mais curta.
(com informações de isaude.net)
Gabriel Maymone/Correio do Estado/DF
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