Delfim Netto: é viável Selic chegar a 9% em 2012
Brasil - Política - Governo Dilma
O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto disse hoje em entrevista exclusiva à Agência Estado, que "é perfeitamente viável" que a Selic chegue a 9% em 2012, cenário que já está sendo vislumbrado por algumas instituições financeiras, como o Itaú Unibanco e Templetom, por exemplo. "Isso é possível sim, pois o objetivo do governo é que o juro real fique muito próximo da taxa (descontada a inflação) internacional", afirmou Delfim. "Isso é importante para permitir a plena funcionalidade do sistema de câmbio flutuante, pois com o juro muito alto há uma propensão muito forte de a moeda se valorizar."
Delfim pondera que o Banco Central vai manter o movimento de redução da Selic no próximo ano, pois a inflação continuará baixando e deve atingir o centro da meta de 4,5% em 2012. "O presidente do BC, Alexandre Tombini, é muito competente e o mercado está descobrindo isso agora. Tombini conhece o sistema de metas de inflação como poucos", afirmou. "A redução de juros a partir de agosto foi importante pois, para fazer a inflação convergir à meta de 4,5% em 2011, seria preciso provocar uma recessão extraordinária no País, o que poderia levar a uma queda do PIB neste ano de 3%."
O ex-ministro também disse que a presidente Dilma Rousseff, até o fim do seu governo, em 2014, deve fazer com que a taxa de juros real atinja uma marca de 3%, como indicou durante a campanha eleitoral de 2010. "Tal fato é fundamental, pois ajuda a corrigir uma das principais anomalias estruturais da economia brasileira, a taxa de juros excessivamente alta, que provoca diversas distorções, como o câmbio muito apreciado".
Em sua avaliação, o Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, deve crescer de 3% a 3,2% para avançar de 3,5% a 4% em 2012. "Acho difícil o País expandir entre 4,5% e 5% no próximo ano como prevê a Fazenda, pois houve uma desaceleração do nível de atividade que deve apresentar no final deste ano um incremento de apenas 2,5%", afirmou. E completou: "Se crescer 4% no próximo ano, já será uma vitória, pois o mundo está numa situação ruim, sobretudo a Europa."
Câmbio
Em relação ao câmbio, Delfim Netto avalia que o dólar tende a oscilar entre R$ 1,75 e R$ 1,80 em 2012. "Como a crise internacional deve perdurar por alguns anos, a volatilidade do câmbio será registrada também no ano que vem", afirmou.
Portal Exame / RM
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