Ação governamental incentiva alunos, mas é preciso melhorar qualidade do ensino
Estado - Editorial
Foto: Gilson Gomes
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Através da lei nº 3.966, de 23 de setembro de 2010, foi estabelecido o programa “Educação para o Sucesso” que premia os alunos matriculados na Rede Estadual de Ensino que apresentam anualmente melhor desempenho escolar, com base nas avaliações bimestrais e na assiduidade às aulas.
O programa do governo do estado, com premiação anual, define que o prêmio poderá ser em espécie, equipamentos ou materiais. São contemplados alunos do ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos.
Este ano o governo ampliou o programa, premiando os três primeiros colocados de cada turma. Ao todo, serão entregues 4.910 tablets aos primeiros classificados, 4.910 netbooks aos estudantes com o segundo melhor desempenho e 4.910 bicicletas para os alunos em terceiro lugar, totalizando 14.730 prêmios
Durante a semana, o governador André Puccinelli participou da entrega dos prêmios nas cidades de Dourados e Paranaíba. Na quinta-feira (24) foram entregues 2.377 prêmios distribuídos entre tablets, netbooks e bicicletas, aos estudantes dos municípios de Dourados, Caarapó, Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Jateí, Maracajú, Rio Brilhante e Vicentina.
Na sexta-feira (25) a entrega dos prêmios ocorreu na cidade de Paranaíba. A solenidade de premiação contemplou 861 alunos da Rede Estadual de Ensino dos municípios de Paranaíba, Aparecida do Taboado, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica e Inocência.
Ações dessa natureza contribuem para a valorização da escola pública, e o governo tem esse mérito pela organização do programa de incentivo direto aos melhores alunos, entretanto é necessário maiores investimentos na qualidade do ensino, para que um maior número de alunos sejam também beneficiados e efetivamente haja uma maior democratização das possibilidades dos alunos da rede estadual de ensino.
È necessário que sejam implementadas ações que possam criar condições para que a qualidade do ensino seja melhorada, e que os alunos das escolas publicas (ensino fundamental e segundo grau) possam ter as mesmas oportunidade que alunos de escolas particulares quando tentam entrar nas universidades brasileiras. O sistema de cotas é apenas um paliativo para tentar amenizar as distorções que estão arraigadas no próprio sistema público de educação, que a cada dia apresenta maior defasagem em relação as escolas privadas de qualidade.
* J. R. Barcelos é economista e Editor de Economia do MShoje.com
J. R. Barcelos (*)
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