Uma crítica construtiva sobre Administração de MPEs e sua sobrevivência
Estado - Opinião
Sou Administrador registrado no Conselho Regional de Administração do PR e escritor do Livro Administração por pequenos, para pequenos e por pequenos, publicado pelo Sebrae em 1994 quando ainda estava concluindo a Universidade e acompanho as MPEs até hoje, como Secretário da Associação Comercial de Eldorado-MS e por isso não me conformo das atitudes legislativas em não atacar de vez essa posição da obrigatoriedade da Administração para abertura de empresas, seja ela qual for e principalmente as MPEs.
Lendo hoje a notícia sobre a PLP 113/11 cuja proposta é isentar os impostos federais para as MPEs nos primeiros 4 anos de vida para dar uma força a mais para ajudá-las a sobreviver nesse período crítico em que muitas, uma grande maioria na verdade, vem a fechar, gostaria de louvar sua proposta por estar voltada para atender aqueles que realmente sustentam o país.
No entanto, ainda assim, gostaria também de sugerir aos obres Deputados que tão ou até mais importante do que isentar as empresas de impostos é buscar uma forma de obrigar os proprietários a aprender Administração pura e simplesmente.
Sinceramente, é possível ver essa estatística no Sebrae também: os pequenos negócios fecham por problemas de administração, onde o equacionamento da carga tributária esta incluída.
Entendo que isso limitaria a abertura de empresas no país pois existe uma resistência muito grande dos ditos "empreendedores" em se profissionalizar para gerirem seus empreendimentos.
Mas pergunto de que adianta “deixar livre” a abertura de empresas, em nome de um empreendedorismo e de um “achismo” de que vai dar certo, sem o mínimo de garantia de que pode dar certo?! Nem o mínimo é exigido, que seria o plano de negócio!
Que tal isso Senhores Deputados: exigir um plano de negócio para abertura das empresas?!
Pelo plano de negócio já se tem a exata dimensão de como a empresa teria que se comportar para conseguir sobreviver: o ponto de equilíbrio, quanto vender, a que preço, entre tantos outros pontos que são vitais para qualquer empresa, mas que são relegados pelo espírito empreendedor que infelizmente só quer ver o lado bom das coisas e não se prepara para os problemas.
Sem o plano de negócios não há parâmetro nenhum para saber se estão indo bem ou mal e quando vão ver estão falidos.
E o plano de negócios deve ser feito por administradores.
Se não dá pra exigir a formação acadêmica do proprietário, dá pra exigir que tenha a assessoria do plano de negócio feito pelo administrador e isso pode ser feito até por Empresas Juniores de Universidades que tenham o curso de Administração.
Veja quantos “coelhos” pode-se atingir com uma medida só!
Lá em 1994 quando escrevi o livro abordei esse assunto, mostrando que as pessoas conseguiriam mais e melhores resultados em suas MPEs se praticassem técnicas administrativas já conhecidas e amplamente divulgadas pelo Sebrae mesmo.
Aliás a razão da existência do Sebrae é buscar suprir essa falta de administração da MPEs, mas infelizmente o Sebrae não pode fazer pelos empreendedores, só pode ensinar.
Sinto isso ainda hoje na Associação Comercial.
Se seguir essa linha de raciocínio podemos verificar que a falta de administração é o que mais “mata” as empresas.
Por que as grandes empresas exigem qualificação de seus Diretores e Gestores? Para bonito?! Não!
É porque faz diferença nos resultados da empresa.
Por que as MPEs não copiam esse fundamento que dá certo?!
Ora, para abrir uma farmácia, que é um negócio, precisa ter um farmacêutico (que aliás, não tem formação para gerir o próprio negócio) e outros tantos negócios que precisam de um profissional para assinar... por que não exigir que exista um Administrador que assista as MPEs nesses primeiros anos de vida, pelo menos?!
Acredito que uma mudança como essa resolveria de uma vez por todas a grande maioria dos problemas da MPEs e teríamos um Boom Econômico com mais geração de emprego e renda porque acima de tudo as MPEs têm uma grande flexibilidade e se adaptam muito mais rápido e fácil às mudanças na economia, desde que tenham um Administrador, logicamente.
Precisamos acabar com as empresas de fundo de quintal e fazer de nosso país a maior economia do mundo e o caminho é a Micro e Pequena empresa viva e saudável.
D. Fornazari
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