FERROESTE: Mato Grosso do Sul nos trilhos do DESENVOLVIMENTO!
Brasil - Estado - Opinião - Infraestrutura
* Por J R Barcelos
Parte I
A quase ausência de investimentos em infraestrutura tem caracterizado a economia nacional há décadas e isto vem ocorrendo não só no que se refere às rodovias, mas também ao sistema ferroviário, portuário e à produção e distribuição de energia elétrica. O racionamento de energia ocorrido em 2001 foi uma resultante deste fato. Isso esta mudando no Mato Grosso do Sul, no Paraná e em Santa Catarina!
É de domínio público o conhecimento de que o transporte ferroviário é de longe muito mais econômico do que o rodoviário. Isto não se discute mais! Discussões à parte, infelizmente esse fator econômico não é muito expressivo, pois o caminho do desenvolvimento de nosso país sempre correu pela malha negra do asfalto e das estradas.
'Perdoem os exageros, mas sou um fã incondicional dessa obra, que foi primeiramente idealizada em 1988, mas que veio a nascer só agora.'
A expansão da Ferroeste é estratégica para a região Sul, para o Centro-Oeste, para o Brasil e para a América do Sul.
Ideologias políticas à parte é preciso neste momento ressaltar o papel do executor dessa maravilha, que já nasce gigante, para elevar estratosfericamente o crescimento deste Estado: o Governador André Puccinelli. Ele é o agente impulsionador e realizador desse empreendimento por estar comprometido com a Ferroeste no Estado de Mato Grosso do Sul. Vale lembrar que existe uma diferença muito grande entre envolvimento e comprometimento, esse comprometimento pode fazer a diferença na concretização do projeto.
A afirmativa deste destaque do Governador André Puccinelli, foi repassada pelo próprio Presidente da Ferroeste, o Sr. Samuel Gomes, em um encontro promovido em Mundo Novo/MS em parceria com o Estado do Paraná, na pessoa do Senhor Governador Roberto Requião, o grande responsável pela existência dessa ferrovia no Estado do Paraná.
Naquela oportunidade, em maio de 2010, o Sr. Samuel foi enfático em destacar que se não fosse o empenho, a articulação e o comprometimento pessoal do Governado André Puccinelli esta ferrovia não seria uma realidade no Mato Grosso do Sul, tal qual podemos acompanhar pela imprensa nos últimos meses. Pela minha ótica, se este Governador não tivesse feito mais nada pelo Estado de Mato Grosso do Sul ele já mereceria o meu respeito e admiração, porque essa ferrovia vai mudar a história do Estado de Mato Grosso do Sul.
O Futuro é criado no Hoje, MSHOJE é a palavra de ordem! E o povo já definiu que ele merece fazer este ‘filho’ crescer e ganhar vida e transformar a vida de todos nós Sul-Matogrossenses. O nascimento vai ser em seu mandato, isso é certeza, mas os frutos virão nos próximos e sabemos que o futuro a Deus pertence...
Deixemos as ‘coisas’ acontecerem naturalmente, mas vamos acompanhá-las de perto, aqui no MSHOJE!
Mas o que é e como vai ser esta Ferroeste? Vamos vê-la em imagens e números?!
A Empresa:
A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A), criada em 15 de março de 1988, é sociedade de economia mista vinculada à Secretaria dos Transportes do Governo do Estado do Paraná. Atualmente, opera o trecho ferroviário de 248,6 km de extensão entre Cascavel, no Oeste do Estado, a Guarapuava, na região central do Paraná. Existem duas empresas ferroviárias públicas no Brasil: a Valec e a Ferroeste, mas apenas a empresa paranaense é operadora de uma ferrovia pública no país. A Valec, vinculada ao Ministério dos Transportes, não opera, apenas constrói ferrovias para subconcessionar à iniciativa privada.
Pelos trens da Ferroeste são escoados, anualmente, cerca de 2 milhões de toneladas, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêineres, com destino ao Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado. No sentido do interior do Estado, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis.
A orientação básica da Ferroeste, como ‘monopólio natural’, é reduzir os custos logísticos do escoamento da produção. O objetivo é oferecer tarifas baratas tanto para grandes quanto para médios e pequenos produtores. E o mesmo vale para as empresas transportadoras de cargas. O compromisso da Ferroeste não é com a remuneração do capital, mas com o conjunto da sociedade. Outro fator que deve ser levado em conta, no modal ferroviário, é a redução média estimada de 30% nos fretes ferroviários, em condições normais de operação, quando comparados com as tarifas do transporte rodoviário.
Para cumprir sua vocação logística, a Ferroeste possui um projeto audacioso de expansão. Até 2015, a companhia pretende ampliar em mais 1,2 mil km a sua malha ferroviária. É de R$ 2,94 bilhões o custo estimado das obras. Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, com vistas à construção dos novos ramais, já estão em andamento e devem ser concluídos em breve
O projeto prevê a construção de ramais entre Cascavel e Guaíra, no Paraná, e daí, a Mundo Novo, Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Outro ramal, a Leste, ligará Guarapuava ao Porto de Paranaguá. Também está contemplada a conexão entre Cascavel e Foz do Iguaçu, trecho brasileiro do ‘corredor bioceânico’. Partindo do Centro Expandido, a Ferroeste projeta outro ramal, pelo Sudoeste do Estado, até Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
Quando estiverem prontas, as novas linhas férreas vão articular o escoamento da produção dos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Oeste de Santa Catarina, e também do Paraguai, até os portos paranaenses e catarinenses.
Concebida inicialmente como ‘Ferrovia da Soja’ e ‘Ferrovia da Produção’, para atender os produtores do Oeste paranaense, com fretes de menor valor, a Ferroeste atualmente transporta grãos e insumos para plantio, além de combustíveis e outros produtos (ver quadro).
PRODUTOS TRANSPORTADOS EM TONELADAS E PORCENTAGEM – 2008 |
PRODUTO |
TOTAL |
% |
Adubo |
198.999,74 |
11,25% |
Calcário |
38.039,21 |
2,15% |
Cimento |
170.660,43 |
9,65% |
Cloreto de potássio |
91.514,63 |
5,17% |
Container frigorificado |
91.908,00 |
5,20% |
Farelo de soja |
89.024,77 |
5,03% |
Fertilizante |
50.013,31 |
2,83% |
Fosfato |
99.804,43 |
5,64% |
Gasolina |
18.376,26 |
1,04% |
Milho |
172.177,12 |
9,73% |
Nitrato |
5.268,18 |
0,30% |
Npk 10.20.20 |
2.745,48 |
0,16% |
Òleo diesel |
73.430,50 |
4,15% |
Óleo vegetal |
25.134,18 |
1,42% |
Soja |
556.700,95 |
31,47% |
Sulfato de amônia |
15.209,49 |
0,86% |
Trigo |
56.228,36 |
3,18% |
Uréia |
13.484,23 |
0,76% |
TOTAL |
1.768.719,27 |
100,00% |
* (J R Barcelos é Economista, Editor de Economia do mshoje.com)
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Data:19/09/2011
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