Bovespa acelera ganhos no final e fecha em alta de 1,42%, descolada do exterior
Brasil - Economia - Pregão
Após uma sessão volátil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acelerou a alta nos minutos finais do pregão e fechou com ganho de 1,42%, aos 54.601 pontos. O índice acumula alta de 4,35% em outubro, mas ainda recua 21,22% em 2011.
O Ibovespa foi na contramão das principais praças financeiras internacionais, que fecharam no terreno negativo. O descolamento deve-se em parte ao feriado de ontem. Mesmo sem negociações no Brasil, os ADRs brasileiros em Nova York operaram normalmente e registraram ganhos, por isso o ajuste.
“As bolsas internacionais subiram forte ontem e o Ibovespa abriu em alta se ajustando aos ganhos dos ADRs. Depois o índice caiu seguindo o mau humor externo com China e bancos europeus. No final intensificou os ganhos com as ações de Vale, Petrobrás, siderúrgicas e bancos recuperando fortemente”, explica o analista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi.
A lista de maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira foi liderada por Gafisa ON (+8,96%), ALL ON (6,12%) e Rossi ON (+4,77%). Entre as blue chips, Petrobrás ON subiu 1,15% e PN 1,20%, enquanto Vale PNA 1,79% e ON 1,92%.
Os papéis PN do Pão de Açúcar também foram destaque de alta do índice, com ganho de 3,44%. O grupo encerrou o terceiro trimestre, o primeiro período comparável com as operações das Casas Bahia consolidadas, com vendas líquidas de R$ 11,1 bilhões, volume 55,9% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.
No mercado de câmbio,o dólar encerrou em queda de 0,40%, cotado a R$ 1,751. Na mínima do dia, a moeda recuou a R$ 1,7410, enquanto na máxima atingiu R$ 1,7660. A divisa acumula queda de 6,86% no mês, mas ainda sobe 5,23% em 2011.
Em Nova York, as principais praças financeiras fecharam no vermelho. Dow Jones caiu 0,35% e S&P 500 cedeu 0,30%. Já Nasdaq, termômetro do setor de tecnologia, foi na contramão e subiu 0,60%.
Mais cedo, os mercados da Europa também encerraram em queda, pressionados pelo mau desempenho das ações de bancos. Paris e Frankfurt perderam 1,33%, enquanto Londres recuou 0,71%. Já Milão registrou queda de 3,70% e Madri cedeu 0,92%.
Os papéis do italiano UniCredit fecharam em baixa de 12%, enquanto os do Intesa Sanpaolo cederam 8,1%. Os bancos franceses, um dos maiores detentores de dívidas do governo da Itália, também registraram fortes perdas. BNP Paribas caiu 5,67% e o Société Generale cedeu 6,6%. Já o espanhol BBVA perdeu 3,09%.
Na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou ao Parlamento Europeu que os membros dos governos, o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia precisam coordenar esforços para recapitalizar os bancos por meio de injeções de capital privadas e públicas e introduzir exigências de capital maiores e temporárias.
Na China, dados negativos intensificaram o temor de uma recessão global e também contribuíram para o mau humor nos mercados financeiros. O país asiático anunciou um superávit comercial menor em setembro, ante o enfraquecimento da demanda externa, com um crescimento abaixo do esperado tanto nas importações quanto nas exportações. O superávit comercial de setembro do país ficou em US$ 14,51 bilhões, abaixo dos US$ 17,76 bilhões de agosto e dos US$ 17,25 bilhões da previsão dos economistas.
Estadão/ V.H.
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