Bancários e Fenaban negociam após 16 dias de greve
Estado - Geral - Greve
Após 16 dias de greve nacional, a Fenaban rompeu o silêncio ontem e decidiu retomar as negociações com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, marcando nova rodada para esta quinta-feira, às 16 horas, em São Paulo.
Segundo Raul Verão, presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, “os bancários devem se manter mobilizados e com força total na greve nesta quinta-feira, para que a Fenaban possa apresentar uma proposta condizente com as nossas expectativas, pois só assim será possível colocar fim a paralisação”.
A greve, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos, e atingiu 100% dos 13 municípios da base do Sindicato de Dourados e Região, desde a quinta-feira passada, foi deflagrada no dia 27 de setembro, depois que as assembleias dos sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, o que significa apenas 0,56% de aumento real.
"Foi a força da greve, que paralisa mais de 9 mil agências de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal, que reabriu finalmente o diálogo e agora esperamos que os bancos venham para a mesa de negociações com uma proposta decente que atenda as justas reivindicações da categoria", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, segurança contra assaltos e sequestros, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.
Os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina. No entanto pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, mas pagam bônus milionários para seus altos executivos, os maiores do continente. Conforme pesquisa do Dieese e da Contraf-CUT, o salário de ingresso nos bancos no Brasil em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, mais baixo que o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos argentinos (US$ 1.432).
"Com os lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre, os bancos têm plenas condições de trazer uma nova proposta com conquistas econômicas e sociais para os bancários, além de prestar melhores serviços para os clientes e a sociedade brasileira, contribuindo para o desenvolvimento com geração de empregos e distribuição de renda", ressalta o presidente da Contraf-CUT.
Negociações com Banco do Brasil e Caixa
Após a rodada com a Fenaban, o Comando Nacional, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, retomará as negociações com as direções dos dois bancos federais para discutir as pautas específicas de reivindicações e cobrar avanços para os trabalhadores.
Dourados Agora
Galeria de Imagens / Fotos / Turismo
Eventos
-
1º Encontro dos Amigos da Empaer
Cidade:Dourados
Data:29/07/2017
Local:Restaurante / Espaço Guarujá -
Caravana da Saúde em Dourados II
Cidade:Dourados
Data:16/04/2016
Local:Complexo Esportivo Jorge Antonio Salomão