Bovespa reduz perdas no final e segura patamar dos 50 mil pontos; Dólar cai
Mundo - Economia - Pregão
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reduziu fortemente as perdas na última hora do pregão, seguindo a melhora nas praças financeiras de Nova York, que tiveram fôlego inclusive para fechar no terreno positivo. Dow Jones ganhou 1,44%, S&P 500 subiu 2,24% e Nasdaq, termômetro da tecnologia, teve valorização de 2,95%.
O Ibovespa ainda encerrou no vermelho, em queda de 0,21%, mas conseguiu manter o patamar dos 50 mil pontos. Na mínima do dia, o índice caiu 2,67% e chegou aos 49.432 pontos. A bolsa paulista acumula queda de 3,13% em outubro e se aproxima de uma perda de 27% em 2011. No mercado de câmbio, o dólar caiu 0,05%, cotado a R$ 1,8890, após o Banco Central atuar pelo segundo dia seguido.
Notícia publicada pelo jornal britânico Financial Times ajudou a mudar o humor dos investidores nesta tarde. Segundo a publicação, que cita autoridades europeias, ministros de Finanças da União Europeia (UE) estão tentando coordenar a recapitalização das instituições financeiras da região.
“A expectativa de a que zona do euro faça uma ação coordenada aos bancos da região ajudou a aliviar os mercados, mas novamente é apenas uma expectativa”, alerta André Perfeito, economista-chefe da Gradual.
Segundo ele, a expectativa nesta semana gira em torno da definição da nova taxa de juros da Europa, na quinta-feira. “É provável que o Trichet patrocine um corte na taxa, nem que seja de 0,25 ponto porcentual. Isso deve dar um animo às bolsas”, diz Perfeito.
Nesta manhã, o banco franco-belga Dexia estava no centro do noticiário mundial, com manchetes que apontavam o risco de quebra. A instituição financeira teve seu rating colocado ontem em revisão para possível rebaixamento pela agência Moody´s. O ministro de Finanças da Bélgica, Didier Reynders, disse, no entanto, que a França e a Bélgica podem agir para socorrer o banco.
Informações divulgadas pela Dow Jones, citando fontes, apontam que o Dexia pretende transferir cerca de € 180 bilhões em ativos para um banco podre que contaria com garantias dos governos da França e da Bélgica numa iniciativa para desembaraçar-se da escassez de liquidez cada vez maior. As ações do Dexia chegaram a cair 38%, antes de se recuperarem parcialmente para fechar em -22,5%.
Na Europa, as principais praças financeiras encerraram com perdas expressivas, pressionadas pelo setor bancário e pelas indefinições em relação à crise na Grécia. Londres cedeu 2,58%, Frankfurt recuou 2,98% e Paris desvalorizou-se 2,61%. Já Madri perdeu 1,54% e Milão -2,72%. Lisboa, por sua vez, teve baixa de 2,18%. Entre os bancos, Deutsche Bank recuou 4,31%, Commerzbank perdeu 4%, Société Générale recuou 4,9% e Santander -1,5%.
O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, afirmou nesta terça que o governo do país tem dinheiro suficiente para continuar a operar até meados de novembro. Em comentários anteriores, contudo, o governo grego disse que somente tinha caixa para algumas semanas e que seus ativos só seriam suficientes para evitar um calote até o meio de outubro.
Em Atenas, o índice ASE Composite caiu 6,3%, para 730,33 pontos. Os papéis do Banco Nacional da Grécia caíram 14,1%, e Piraeus Bank desabou mais de 18%.
Após uma reunião no fim da segunda-feira, o presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Jean-Claude Juncker, disse que a decisão sobre a entrega de mais uma parcela de ajuda à Grécia foi atrasada, para que os auditores tenham tempo de concluir seu trabalho. Ele também advertiu que os termos de um acordo de julho sobre um segundo pacote poderão ser revistos, com os detentores dos títulos do país podendo ter de arcar com perdas maiores que os 21% propostos anteriormente.
Estadão/ V.H.
Galeria de Imagens / Fotos / Turismo
Eventos
-
1º Encontro dos Amigos da Empaer
Cidade:Dourados
Data:29/07/2017
Local:Restaurante / Espaço Guarujá -
Caravana da Saúde em Dourados II
Cidade:Dourados
Data:16/04/2016
Local:Complexo Esportivo Jorge Antonio Salomão