O próximo seminário nacional sobre florestas energéticas pode acontecer em MS

Entrevista exclusiva com Antônio Belloti, pesquisador da Embrapa Florestas, especializado em florestas energéticas.

P.F - Como está o projeto de florestas energéticas hoje?

A. B - O projeto floresta energética está completando agora em setembro 4 anos e de acordo com a programação da Embrapa, dos projetos considerados de grandes desafios nacionais, ele está encerrando essa primeira fase e estamos agora elaborando essa segunda fase com tecnologias que nós iniciamos e especificamente novas tecnologias, então devemos apresentar até o final de setembro a segunda versão para a continuidade do projeto.

P. F - O que já foi feito até agora?

A. B – Como a gente trabalha com floresta, o período é superior a 4 anos, o material genético que nós temos no campo está em fase de avaliação e tecnologias principalmente de conversão, algumas iniciadas outras já concluídas estão necessitando de um aprimoramento para uma segunda fase através do uso de energia limpa, matriz energética nacional e a necessidade de novos avanços e novas tecnologias.

P.F – Uma delas é o etanol da madeira?

A. B – O etanol da madeira nós já iniciamos com alguns trabalhos. Isso é um trabalho que vem sendo desenvolvido no mundo todo. Algumas dificuldades, principalmente no processo de fermentação, encaresse o produto e num futuro bastante próximo nós poderemos ter um etanol de madeira com um preço competitivo no mercado, esse é o objetivo.

P.F – Comparando preços com a cana-de-açúcar?

A. B – O objetivo é deixar o etanol da madeira com preços competitivos, não somente no Brasil como no mundo, o próprio EUA, e se desenvolver tecnologia de baixo custo.

P.F – Como será o próximo evento sobre florestas energéticas?

A. B – Um dos grandes objetivos nosso era estabelecer um fórum sobre florestas e energia, então nós fizemos o primeiro congresso em Belo Horizonte em 2009 e agora estamos nos preparando para fazer o segundo evento e um dos grandes interesses nossos é fazer aqui no Mato Grosso do Sul, para isso nós estamos ai, fazendo articulação junto com os órgãos que atuam tanto no governo quanto órgãos públicos e privados. Há possibilidade de fazermos o evento aqui em Mato Grosso do Sul, principalmente pelo desenvolvimento que hoje nós temos com florestas plantadas para uso comercial.

P.F – Provavelmente em 2012?

A. B – Estamos trabalhando para isso, para fazermos no segundo semestre de 2012, o evento em Campo Grande em parceria com a Reflore e com o Painel Florestal