Júlio Campos defende ocupação do Exército nas fronteiras do Brasil
Brasil - Segurança Pública - Evitar a Facilitação do Tráfico de Drogas
Único representante de Mato Grosso no Parlasul (Parlamento do Mercosul), o deputado federal Julio Campos (DEM) vai defender que seja votado um projeto no qual os países se comprometam em reforçar a vigilância de suas fronteiras, para evitar a facilitação do tráfico de drogas e contrabando de armas.
A ideia é garantir a presença do Exército para impedir que práticas criminosas sejam praticadas nesta parte territorial.
A articulação é feita em conjunto com o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), e é motivada pela preocupação de que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul servem de porta de entrada para drogas e armas, que financiam o crime organizado no país, devido a proximidade territorial com Bolívia e Paraguai.
Conforme dados do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), 70% da cocaína que circula no Brasil entram pela fronteira do município de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá) com a Bolívia.
“Já fiz vários pronunciamentos na Câmara dos Deputados favorável a presença do Exército nas fronteiras. Já encaminhei a proposta ao Ministério da Justiça, que alega falta de recursos. Agora, vamos trabalhar em conjunto para o bem do Brasil e exigir medidas rígidas em um debate envolvendo países da América do Sul”, declarou o deputado Julio Campos, em entrevista ao Midianews.
A posse dos parlamentares brasileiros que representam o Brasil no Parlasul vai ocorrer em outubro, em Montevidéu (Uruguai).
No total, são 27 deputados federais e 10 senadores brasileiros, que se juntarão aos representantes da Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Sem prejuízos
Outra proposta também é impedir que sejam aprovadas leis que prejudiquem o país vizinho.
A proposta é motivada pela recente decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de legalizar carros roubados e sem documentos, por meio de uma taxa de R$ 1 mil dólares, para aumentar a arrecadação.
Isso tem gerado apreensão em Estados vizinhos ao país, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que temem pela onda de criminalidade ainda mais elevada.
“A proposta de impedir a elaboração de leis que prejudiquem outros países é para evitar episódios semelhantes ao patrocinado pela Bolívia, que estimula a criminalidade, tornando brasileiros inocentes reféns da insegurança”, revelou Júlio Campos.
O parlamentar também observou falta de planejamento do Governo Federal para garantir a presença do Exército nas fronteiras.
“Com a criação do Ministério da Defesa, houve o recuo do Exército para dentro dos quartéis e as fronteiras ficaram minguadas. Com isso, há mais de 10 anos, o Exército não faz o patrulhamento das fronteiras. E a Polícia Federal, que recebeu essa incumbência, não tem estrutura para dar conta de patrulhar 8 mil quilômetros de fronteira do Brasil com países da América do Sul”, disse o democrata.
Diante disso, Júlio defendeu que o Parlamento provoque uma discussão para gerar mudanças.
“Para impedir o aumento da criminalidade, tem que existir uma proposta em conjunto dos países. Isso vai levar a relação diplomática mais avançada em torno destes assuntos e mais rigor para punição”, completou o senador.
Rafael Costa/Redação/MidiaNews/DF
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