Bancos temem estouro de cartões de crédito em janeiro
Brasil - Economia - Inadimplência
Os bancos estão preocupados com a sua conta do cartão de crédito. Nas principais instituições do Brasil, os olhos estão voltados para a nova regra que aumentará o pagamento mínimo de 15% para 20% da fatura a partir de dezembro. A novidade vai apertar o orçamento dos clientes que ignoram a recomendação dos economistas e empurram a maior parte da dívida para o mês seguinte. O temor maior é com janeiro de 2012, quando o cartão trará todas as compras do fim do ano e, sem o 13.º salário, clientes também terão gastos como matrícula e material escolar e impostos.
Há muitos meses, o tema cartão de crédito tem ocupado a agenda das diretorias de crédito de grandes bancos. Alguns anos atrás, o plano era ganhar mercado no boom causado pela entrada de clientes da "nova classe média". O processo ganhou força na crise de 2008, quando bancos colocaram verdadeiros exércitos na rua para atrair clientes.
A apreensão agora é que, com a economia mais devagar, a inadimplência aumente.
No ano passado, porém, a luz amarela acendeu. Nos bancos e também no Banco Central, o medo era de que a exuberância da indústria, que crescia a taxas chinesas, poderia se transformar rapidamente em inadimplência.
Nesse período, alguns executivos ficaram assustados: pesquisas pedidas pelos bancos mostravam que muitos clientes, em especial os de menor renda, acreditavam que o pagamento mínimo quitava a dívida. O governo ficou preocupado e chamou o setor para reorganizar as coisas.
Nessa reorganização da casa, está chegando a fase que pode ser a mais difícil. "Estamos nos preparando. Será um momento delicado porque o cliente terá de pagar mais numa fatura grande pelas compras de dezembro. Além disso, o orçamento já é normalmente apertado com os gastos do início do ano. Alguns terão problema", diz um diretor de um grande banco de varejo.
Uma das preocupações é que os clientes organizem as contas com base na memória do ano passado e se programem para o pagamento mínimo do Natal de 2010, que ainda era de 10%. A expectativa cresce ainda mais com os sinais de que a economia está desacelerando e indicadores de emprego e renda devem se acomodar nos próximos meses.
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