Dólar sobe 3,75%, fecha a R$ 1,85 e tem o 4º dia de alta
Brasil - Economia - Cotação de Moeda
No quarto pregão consecutivo de valorização, o dólar comercial subiu quase 4% nesta quarta-feira (21) e fechou acima de R$ 1,85.
A cotação da moeda norte-americana avançou 3,75%, vendida a R$ 1,858. Esta é o maior valor de fechamento desde junho do ano passado.
A alta do dólar tem sido alimentada pelo comportamento dos investidores no mercado futuro de câmbio. Os estrangeiros, que no primeiro semestre tinham apostas recordes na queda do dólar e ajudaram a moeda a cair às mínimas desde 1999, perto de R$ 1,50, agora inverteram a atuação e apostam cada vez mais na alta da moeda americana diante da crise da dívida na Europa.
Após o fechamento do mercado à vista, o contrato futuro com maior liquidez continuou a subir e chegou a atingir R$ 1,90, indicando que a moeda deve se aproximar desse nível na quinta-feira. O mercado futuro fecha às 18h.
De acordo com dados da BM&FBovespa, os estrangeiros tinham posição comprada de 97.287 contratos futuros de dólar na terça-feira, inversa à posição vendida de 102.577 contratos desses agentes no começo de agosto.
É por isso que o dólar sobe com tanta força mesmo com a manutenção de um fluxo "vigoroso" de capitais para o País, afirmou à Reuters uma fonte da equipe econômica. O fluxo cambial em setembro é positivo em US$ 8,515 bilhões até o dia 16.
Sem renovação de swap
Diante desse cenário, o BC anunciou nesta quarta que não fará a rolagem de US$ 1,98 bilhão em contratos de swap cambial reverso com vencimento na virada do mês. O contrato de swap reverso funciona como uma compra de dólares no mercado futuro pelo BC.
O real não foi a única moeda a despencar nesta quarta-feira, embora tenha tido queda mais intensa que outras divisas. O peso chileno, por exemplo, despencou mais de 2%, com o maior volume da história, e o rand sul-africano chegou a ter baixa de 4% ante o dólar.
Na opinião do tesoureiro de um banco dealer de câmbio, o anúncio do BC sobre swap reverso é um sinal de que a autoridade monetária está preocupada com o nível da cotação ou com a volatilidade da taxa de câmbio. Entre outros, esse movimento pode afetar a inflação.
A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a R$ 1,8280 para venda, em alta de 2,29% em relação à terça-feira.
G1/ V.H. (atualizada as 22:15hs)
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