Para economistas, alta do dólar não deve se sustentar
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A recente alta do dólar é resultado de nervosismo especulativo, na avaliação do professor de economia internacional André Nassif, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ontem (19), o dólar chegou ao mais alto nível desde julho do ano passado, cotado a R$ 1,777 para venda, alta de 2,57% em relação à sexta-feira.
Na avaliação de Nassif, não há nenhum fato no cenário externo que efetivamente justifique as oscilações da moeda dos Estados Unidos, diferentemente do que ocorreu com a quebra do banco Lehman Brothers, considerada estopim da crise financeira deflagrada em setembro de 2008. Segundo Nassif, o atual cenário não indica tendência de alta do dólar de forma lenta e gradual, o que seria “ideal para restaurar a competitividade da economia brasileira”, mas apenas oscilações relacionadas a expectativas dos investidores estrangeiros.
Ontem, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, em entrevista à Agência Brasil, também avaliou que há poucas chances de a alta da moeda norte-americana ser duradoura. “Nenhum fator estrutural na economia global mudou nas últimas semanas para que o dólar se consolide em um novo patamar”, disse. Agostini atribui a disparada do câmbio nas últimas semanas às especulações em torno do pacote de ajuda aos países da zona do euro, que pode até incluir a ajuda dos emergentes, que poderiam comprar títulos de países europeus mais frágeis do ponto de vista fiscal.
Na avaliação de Flavia Cattan-Naslasky, estrategista de câmbio do RBS Global Bank, a cotação do dólar no Brasil está sensível às más notícias externas. “Qualquer notícia gera uma reação muito forte dos mercados”, disse ela.
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