Brasil e Argentina lutam para recuperar o moral, às 21h50, em Córdoba
Brasil - Esporte - Superclássico das Américas
Brasil e Argentina é um confronto com 97 anos de história. É um dos clássicos de maior rivalidade do futebol mundial. Marcado por partidas memoráveis, grandes jogadores - e jogadas -, mas também por discussões, confusões, pancadarias. O duelo desta quarta-feira, às 21h50, em Córdoba, porém, coloca frente a frente apenas duas seleções que têm o intuito de resgatar o moral e o respeito perdidos nos últimos meses.
A partida é de fato um resgate, o da Copa Roca, que não era disputada desde 1976 e que agora ressurge com o nome de Superclássico das Américas. Imponência que a fase atual das duas seleções não justifica. Tanto que o clima de decisão e de rivalidade não parece ter contagiado o público de Córdoba e nem mesmo os atletas.
As estrelas da Europa dessa vez, não participam dos confrontos - o de hoje e o do dia 28, em Belém, serão disputados apenas com jogadores que atuam nos dois países. Isso não diminui a importância de um bom resultado para a sequência de trabalho dos dois treinadores.
Mano Menezes, o treinador brasileiro, ainda não conta no currículo com vitória sobre uma seleção de ponta e vem recebendo duras críticas pela montagem da equipe. No último amistoso, venceu Gana por 1 a 0, mas não convenceu. Antes, perdeu para a Alemanha por 3 a 2, após ter sido eliminado pelo Paraguai na Copa América.
Não muito diferente é a situação do técnico Alejandro Sabella, da Argentina, que está apenas começando um trabalho. Ele estreou com magra vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, depois fez 3 a 1 na Nigéria e também não tem respaldo suficiente para falhar, ainda mais diante do arquirrival.
PROBLEMAS
Problemas não lhe faltam. Os principais jogadores da Argentina, os meias Verón e Riquelme, por exemplo, estão fora. Verón será poupado, por causa de lesão, mas deverá ficar com o grupo; Riquelme está machucado.
Embora não tenha muito tempo para treinar, Mano resolveu montar um time cheio de novidades. No gol joga Jefferson, Réver e Dedé compõem a zaga e na lateral-esquerda Kleber é o dono da vaga. Danilo está escalado na lateral-direita.
O meio de campo terá Ralf e Paulinho, companheiros de Corinthians. "Vou utilizar os dois volantes do Corinthians, porque assim posso ter um volante de contenção e um que marca, mas ajuda na criação"", justificou. Ele chegou a testar o santista Danilo no meio, mas optou por Paulinho, por seu entrosamento com Ralf. Renato Abreu será o meia.
O poder ofensivo da seleção terá Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião, como no jogo com Gana. "Teremos dificuldades de entrosamento, claro. Mas vamos utilizar o ataque semelhante ao jogo contra Gana, para ganharmos corpo"", disse Mano Menezes.
PARA LEMBRAR
Disputa teve início com gesto raro de honestidade
Brasil e Argentina reeditam hoje um dos torneios mais tradicionais do continente. A Copa Roca não é disputada desde 1976, mas volta com força total e repaginada, ganhando novo nome. Agora é Superclássico das Américas.
A fórmula da competição, no entanto, é a mesma: brasileiros e argentinos se enfrentam para provar sua força e quem levar a melhor ficará com o troféu.
O primeiro jogo é hoje. O segundo será dia 28, em Belém, do Pará. Dois palcos inéditos do confronto, que sempre foi disputado em Buenos Aires, São Paulo ou Rio.
O curioso é que um clássico famoso também por brigas, polêmicas e confusões teve a primeira edição da Copa Roca marcada por uma demonstração de honestidade rara de se ver no futebol atualmente.
Antes, a competição era disputada em jogo único. No dia 27 de setembro de 1914, as duas seleções se enfrentavam no estádio do Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires, quando, aos 21 minutos do segundo tempo, Leonard marcou o gol que seria de empate da Argentina - a seleção da casa perdia a partida por 1 a 0.
O árbitro Alberto Borgheti, brasileiro, validou o gol. Mas, ao ver a marcação, o argentino comunicou que tentou dominar com o peito, mas acabou tocando com a mão na bola e, por isso, cometeu irregularidade no lance.
Com a atitude surpreendente do argentino, Borgheti invalidou o gol e o Brasil acabou vencendo por 1 a 0.
Na história, foram disputados 22 jogos pela Copa Roca e os "hermanos"" são fregueses . O Brasil venceu 11 e os argentinos oito. Três partidas acabaram empatadas.
Em relação a títulos, o Brasil também lidera com larga vantagem. Foi campeão sete vezes (1914, 22, 45, 57, 60, 63 e 76) e a Argentina faturou o título três vezes (1923, 39 e 40).
VANTAGEM BRASILEIRA
11 vitórias
tem o Brasil contra 8 dos argentinos e 3 empates, em 22 confrontos válidos pela Copa Roca
7 títulos
da Copa Roca tem o Brasil, entre eles o da última disputa, em 1976, contra apenas três dos rivais sul-americanos
Estadão/ V.H.
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