Presidente afirma que elevar economia do governo abre espaço para o corte de juros
Brasil - Economia - Superávit Primário
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (30) que a elevação em R$ 10 bilhões da meta de superávit primário (economia do governo para pagar juros da dívida), anunciada pelo governo na véspera, abre espaço para a redução das taxas de juros no país e que não haverá cortes nos investimentos decorrentes da economia maior.
- Nós queremos que, a partir deste momento, nós comecemos a ter no horizonte a possibilidade de redução dos juros. Nós abrimos o caminho [para] que tenha juros que sejam juros cadentes, ou seja, juros que comecem a cair.
A declaração foi feita durante entrevistas a rádios locais de Pernambuco. Dilma considerou as taxas brasileiras de juros como "uma das mais altas" do mundo.
Na última segunda-feira (29), o governo anunciou elevação em R$ 10 bilhões na meta de superávit primário deste ano, para R$ 127,9 bilhões. No início do ano, o governo já havia anunciado um corte de gastos no Orçamento de R$ 50 bilhões.
O governo justificou a medida como necessária em função da crise econômica global e que abre espaço para uma flexibilização da política monetária.
Dilma garantiu que, apesar do superávit maior, não haverá cortes de gastos em investimentos ou em programas sociais, como o Bolsa Família.
- Nós vamos manter todos os investimentos. Esses R$ 10 bilhões decorrem de um esforço que nós fizemos nesse período, tanto no que se refere a gastos de custeio quanto ao aumento de receita decorrentes do fato de que o Brasil está crescendo.
"Presente de grego"
A presidente disse ainda que o atual momento, de crise internacional, não é propício para aprovar despesas sem apontar a fonte de recursos. Dilma reagiu à possibilidade do Congresso aprovar a Emenda 29, que regulamenta os gastos com saúde nos três níveis do governo.
- Eu só não quero que me deem um presente de grego... Eu quero saber como é que todos os investimentos necessários para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade, de onde vão sair. O momento da crise internacional não está propício para que você aprove despesas sem dizer da onde que saem os recursos.
Além da Emenda 29, está no Congresso a proposta de outra emenda constitucional, a PEC 300, que cria um piso salarial aos agentes de segurança em todo país. Nesse caso, os reajustes seriam subsidiados pelo governo federal por anos até serem incorporados pelos governos estaduais.
R7/V.H.
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