As vaias e a presença do governo no Ethanol Summit 2013
Brasil - Conferências - Mercado Sucroenergético
O clima de insatisfação com o governo dominou as salas e corredores do Ethanol Summit 2013 deste ano. De uma forma geral as conversas acabavam sempre entrando na visão de Brasília sobre o mercado sucroenergético. As críticas às políticas públicas foram comuns, mas olhares sobre como ganhar competitividade sem depender do governo também estiveram presentes.
No meio desse público, majoritariamente composto de profissionais ligados ao setor produtivo, estavam palestrando 19 servidores do governo, de um total de 105 palestrantes. Enquanto alguns estavam em situações confortáveis, como Mônika Bergamaschi, carregando as palavras do governador Geraldo Alckimin, simpático ao setor, no lado oposto o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério da Fazenda (MF) eram os alvos da insatisfação que as vaias fizeram questão de evidenciar.
A seguir o portal novaCana faz um resumo da participação desses servidores públicos, dos argumentos utilizados por eles e da reação dos participantes. O texto completo está disponível apenas aos assinantes, mas o portal novaCana liberou alguns trechos da reportagem:
...a representante do governador Geraldo Alckmin conhecia o clima de insatisfação que estava presente na plateia e, como uma representante da oposição, foi logo cutucando o governo federal.
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...Marco Antônio Martins Almeida, secretário do MME, deixou explícita a existência de uma falta de confiança nas palavras dos representantes do setor sucroalcooleiro. Episódios como a inadimplência das usinas nos leilões de bioeletricidade, as reuniões do setor com a presidente Dilma Rousseff, especialmente antes da crise de 2011, ou os encontros da Mesa Tripartite podem ainda estar frescos na memória do governo.
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...Miguel Rossetto lembrou de uma reunião no dia 22 de abril deste ano entre o setor produtivo e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela teria dito: “Eu quero que vocês me tragam uma agenda estrutural de futuro”.
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...em sua fala final Rossetto mencionou que, como presidente da PBio, ele tem preocupações e responsabilidades e que a empresa “tem que dar resultado”. No entanto, não ficou claro que tipo de resultados seriam esses, já que, financeiramente, a subsidiária da Petrobras nunca deu lucro e os prejuízos crescem ano a ano.
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...foi tocado num ponto importante, mas, curiosamente, as discussões sobre as externalidades do etanol foram ignoradas pelos demais membros do governo.
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...a apresentação do BNDES evidenciou que existe uma diretriz bem clara de ajudar a indústria sucroenergética a ganhar competitividade sem que, para isso, precise de alterações nas políticas do governo. E os números apresentados comprovaram a premissa governamental.
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...além da credibilidade, o presidente da EPE declarou que é preciso aumentar a competitividade, ou seja, se as usinas conseguirem dar garantias que cumprem o que assinam, ainda assim vai ser preciso ter preço mais baixo que os concorrentes.
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...o primeiro dos três a falar foi Mauro Borges Lemos, que, ciente da pressão das usinas, jogou a responsabilidade para os que viriam depois: “Eu, o Dornelles e o Ruttely temos mandatos bem determinados dentro do governo e, felizmente, as questões do curto prazo estão fundamentalmente nas mãos dos dois e não na mão do meu ministro Fernando Pimentel”.
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...para finalizar, Dornelles abordou outro assunto polêmico, os custos de produção. O servidor parecia externar o pensamento do governo de uma maneira geral, no qual o que importa mesmo é apenas o preço. Citando as contas do Pecege/Esalq, um barril de gasolina custa 127 dólares contra 135 do barril de etanol. ”Não é sustentável mudar essa realidade com medidas artificiais, mais para frente a casa cai, o telhado quebra... tem que ser medidas estruturantes de longo prazo”, disse.
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...o representante do MF causou risos ao tentar explicar porque as decisões do governo relacionadas ao setor de etanol acontecem lentamente. O ato falho saiu como uma dupla negativa: “Não é falta de má-vontade”. Depois disso, perdeu o controle sobre a plateia, que foi tomada por um burburinho. Arnaldo Luiz Correa, consultor da Archer Consulting e conhecido crítico do governo, lançou mão da psicanálise para explicar o fato: “Palavras que saem erradas em momentos inoportunos são vistas na psicanálise como indícios do que se passa no inconsciente, revelando segredos inconfessáveis da mente.”
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...ao responder, Dornelles disse que “o governo representa a sociedade como um todo” e foi novamente interrompido, dessa vez com vaias de boa parte da plateia. Mas prosseguiu: “Os senhores queiram ou não, as politicas públicas são trabalhadas pelos poderes constituídos para atender à sociedade. O governo não gasta...”
Nova Cana/RMC
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