Domingo 02/11/2025 00:13

Indústria frigorífica do MS: reação em cadeia

Estado - Indústria e Serviços - Depois de Vários Percalços

Foto: Revista MS Industrial - IVO CESCON SCARCELLI - presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul)

Nos últimos cinco anos, a indústria frigorífica sul-mato-grossense passou por uma grave crise, que resultou no fechamento de inúmeras plantas no Estado e chegou a coincidir com o período em que o Estado deixou de possuir o maior rebanho bovino do Brasil.

Porém, depois de vários percalços pelo caminho, de 2011 para cá, a cadeia produtiva da carne começou a dar sinais de recuperação, com o rebanho bovino estadual fixando-se em torno de 21 milhões de cabeças – apenas o 4º maior do País, mas produzindo a carne de melhor qualidade no Brasil – e com as indústrias do setor reagindo depois de uma grave crise.

Os abates de bovinos, que em 2011 totalizaram 3.099.448 de cabeças, subiram, no ano passado, para 3.808.279 de cabeças, crescimento de 23,3%, enquanto a quantidade de plantas frigoríficas com suas atividades paralisadas diminuiu de 11 para 6 no mesmo período, de um total de 34 frigoríficos instalados em Mato Grosso do Sul.

Além disso, das 6 plantas que ainda estão com suas atividades paradas, há uma grande possibilidade que todas voltem a funcionar ainda neste ano de 2013.

Outro ponto positivo é que, mesmo com o mercado internacional cada vez mais exigente com relação à questão sanitária, a OIE (Organização Internacional de Epizootias) não alterou o status sanitário brasileiro, apesar de alguns países – a maioria pequenos importadores – terem suspendido por algum tempo suas importações de carne in natura do País devido a um caso isolado de uma vaca morta há mais de dois anos no Paraná e que teria o agente causador do “mal da vaca louca” ou EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), mas não morreu em decorrência da doença e nem apresentava sintomas.

Por bom senso, a OIE manteve a classificação do Brasil como de risco insignificante para esse tipo de doença, deixando de afetar as nossas exportações.

Um exemplo disso é que, mesmo com todas essas intempéries, as exportações do complexo carne de Mato Grosso do Sul apresentou crescimento na comparação de 2011 com 2012.

Enquanto em 2011 o setor vendeu ao exterior US$ 802,5 milhões, no ano passado chegamos ao patamar de US$ 892,2 milhões, ou seja, crescimento de 11% no período.

Além disso, em janeiro deste ano de 2013, já registramos um crescimento de 9,6%, aumentando de US$ 76,43 milhões em janeiro do ano passado para US$ 83,74 milhões no mesmo período deste ano graças à expansão das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos vendidas para Hong Kong, Venezuela, Chile e Japão.

De olho nesse mercado internacional, que cada vez mais cria barreiras comerciais aos nossos produtos, o setor frigorífico busca continuamente adequar-se às exigências dos importadores, bem como às questões ambientais.

Basta citar como exemplo o caso constatado no Grupo JBS, que firmou compromisso de não abater bovinos provenientes de áreas desmatadas da Amazônia.

Já em Mato Grosso do Sul temos o exemplo do “boi verde” ou “boi natural”, que é produzido na região pantaneira a base de pasto sem agrotóxico e que pode ser suplementado com alimentos de origem vegetal.

No entanto, mesmo com a reação registrada no último ano em relação à grave crise sofrida entre 2008 e 2011, o setor frigorífico sul-mato-grossense, assim como o do resto do Brasil, tem de enfrentar a pesada carga tributária nacional.

Atualmente, o nosso País é o que mais tributa a cadeia produtiva da carne em nível mundial, tornando a produção uma árdua tarefa.

A indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul também se depara com questões burocráticas na área ambiental, como, por exemplo, o processo de renovação da licença ambiental por parte dos frigoríficos.

Quanto à nova Norma Regulamentadora (NR), que estabelecerá novas diretrizes para o trabalho dos frigoríficos, o setor terá de adequar-se, inclusive com investimentos pesados, porém, acreditamos que eles serão benéficos, já que trata de um tema importantíssimo: a segurança e saúde no trabalho.

Neste sentido, o estabelecimento de uma Norma Regulamentadora contribuirá com o processo, dando segurança jurídica às questões do trabalho que envolvam as agroindústrias frigoríficas.

Enfim, estamos no caminho certo de reação e esperamos que o ano recém iniciado possa servir de consolidação desse processo de crescimento, que começou em 2012.

 

Revista MS Industrial/DF

indústria frigorífica sul-mato-grossense, crise, vários percalços, maior rebanho bovino

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