Imagem: Francisco Campos Valério – presidente do Sinpacems (Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose de Mato Grosso do Sul).

A evolução do segmento de celulose e papel no mundo é algo que nos convida a realizar reflexões sobre uma visão de futuro para este mercado.

É neste contexto que avaliamos o contínuo destaque do setor, tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Aqui, o crescimento pode ser considerado uma referência.

Isto porque, só para se ter uma ideia, na década de 70 do século passado, apesar de o Brasil ser importador de celulose, estando localizado no 11° lugar no ranking de fornecimento mundial, inicia-se no País o plantio em grande escala de áreas florestais.

Ao longo desse período, a indústria investiu no desenvolvimento de seus processos utilizando-se das melhores práticas e inovação tecnológica e atualmente ocupa a quarta posição no ranking mundial, com a produção de quase 14 milhões de toneladas de celulose e mais de 10 milhões de toneladas de papel, mantendo um crescimento médio anual de 5% a 7%, segundo dados da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel).

Mas não é somente das grandes empresas que vive o setor em Mato Grosso do Sul.

Devemos sempre destacar o esforço das pequenas empresas que por aqui se instalaram e que vêm competindo de forma singular com fornecedores externos.

Temos acompanhado as modernizações e expansões que estas empresas vêm realizando, e que, ao lado das grandes produtoras, compõem o quadro de otimismo pelo qual passa o setor no Estado.

É importante ressaltar, ainda, que o crescimento do segmento no Brasil, com a instalação de novas fábricas, observou e adotou o mais alto grau de rigidez e responsabilidade nos critérios de excelência operacional, ecoeficiência e práticas sustentáveis, como a cogeração de energia utilizando fontes renováveis tornando-o referência mundial.

É nesse panorama que analisamos as potencialidades do negócio florestal no Estado de Mato Grosso do Sul, transformando-o numa profícua realidade para o segmento de papel e celulose em termos mundiais.

Impossível não constatar que Mato Grosso do Sul permite o investimento e a produção com vantagens físicas e econômicas à indústria, possibilitando reafirmar sua liderança no segmento, consolidando-se como novo polo de produção de celulose branqueada de eucalipto e propiciando ambiente favorável ao desenvolvimento dos segmentos de papéis sanitários, papéis de imprimir e escrever e embalagens, entre outros baseados em fontes renováveis.

Por meio desta perspectiva, que prevê um crescimento de 55% em 2013, e com a criação de novas empresas no segmento de papel e celulose que, juntas, empregam mais de duas mil pessoas e, em 2012, geraram uma receita líquida de venda de R$ 2,05 bilhões.

Com expectativa para 2013 de movimentação de mais de R$3 bilhões, o Estado não só demonstra que está preparado para a atividade florestal de celulose, até porque já tem colhido excelentes resultados.

Além disso, prevê-se para este ano que a área de florestas de eucaliptos chegará a 690 mil hectares, além do esforço contínuo que tem se realizado na qualificação da mão de obra local, o que representa um grande investimento social para a região.

Essa capacitação tem sido realizada por intermédio de parcerias de sucesso com o SENAI e FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) que oferece, por exemplo, para este ano o Programa SENAI Educa Qualificação, disponibilizando 269 cursos profissionalizantes em 45 cidades do Estado.

Esses dados não só comprovam as potencialidades do Estado como aumentam cada vez mais a responsabilidade e os desafios das indústrias aqui instaladas de manterem um caminho de liderança e crescimento, respeitando valores de ética e transparência, que as tornam “vitrine” do segmento.

Acredito que novas práticas de plantio e produção estarão sendo continuamente exploradas por meio de pesquisa e inovação e elas darão o “tom” deste mercado de empreendedorismo.

É neste futuro promissor que Mato Grosso do Sul se insere, como “benchmarking” mundial de um segmento que já deu inúmeras demonstrações de tecnologia, inovação e excelência.