Mudança de nome do Estado volta a ser discutido
Estado - Ação Legislativa - Mudança do Nome
Foto:Divulgação
A mudança do nome do Estado voltou a ser discutido nesta quinta-feira (8) pelos deputados estaduais. Rinaldo Modesto (PSDB) ocupou a tribuna para relatar mais uma das inúmeras vezes que Mato Grosso do Sul foi chamado de Mato Grosso em âmbito federal.
“Estava em uma conferência ontem que reuniu parlamentares de todas as Assembleias e Câmaras do país e se referiram a mim como representante de Mato Grosso. Gentilmente pedi a palavra e corrigi o erro. É impressionante: de vereador até a presidenta da República trocam o nome do nosso Estado”, disse Rinaldo (PT).
Iniciado o debate, o deputado Amarildo Cruz (PT) argumentou que desde 2008 apresentou um projeto em parceria com o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) para sistematizar uma consulta pública em forma de plebiscito para constatar o apelo popular sobre se o nome deve ser mudado ou não.
“Já foram mais de 30 anos da mudança do Estado e serão mais 30 ou 40 anos se a gente não mudar. A profundidade deste tema merece atenção da Casa, visto que perdemos muito economicamente pela confusão”, explica Amarildo. Pedro Kemp (PT) concorda: “sou totalmente a favor da mudança”.
O projeto já passou pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e para ser aprovado deve conter o fórum qualificado, ou seja, a presença dos 24 deputados estaduais e a aprovação de 16 deles.
“Mas isso é difícil enquanto há quem é contra e diz que perde a identidade local. Que identidade? Se tivesse alguma ninguém ia confundir o nome. Vou conversar um por um para colocar o projeto logo em votação”, explica Amarildo. Já Rinaldo acha que além do plebiscito ainda há outra possibilidade: investir em marketing para fortalecer o nome do Estado.
Junior Mochi (PMDB) também acredita nesta ideia de fortalecer a imagem do Mato Grosso do Sul para acabar com a confusão. “O problema não é o nome. A população não pode pagar pela ignorância das pessoas de fora. Uma estratégia de publicidade seria o ideal”, avalia Mochi.
O presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB) também discorda. “Me orgulho do nome e entendo que o erro leva a querer a mudança, mas acho utopia que perdemos economicamente com este nome. Acho que vai demorar ainda para a acontecer a troca”, conclui.
Capital News/RMC
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