Campo Grande registrou queda em preços de nove itens da Cesta Básica
Economia - Cesta Básica Individual
Imagem: www.nalutaenalabuta.com.br
Contrariando a expectativa de continuidade da elevação moderada nos preços dos alimentos, a cesta básica em Campo Grande registrou queda, em abril, e custou, ao trabalhador, R$ 271,65, conforme pesquisa realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Com redução no preço de nove dos treze itens pesquisados, observou-se uma variação negativa na capital de 1,73%, no período março/abril, contra alta de 2,62% no período fevereiro/março.
No trimestre, contudo, a variação é positiva: 3,28%.
Os trabalhadores começaram 2013 desembolsando R$ 263,03 para adquirir a Cesta Básica, valor que subiu para R$ 269,38, em fevereiro e R$ 276,44 em março.
Fonte: DIEESE
Notas:
1 Cesta Básica definida pelo Decreto-Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, para o consumo mensal de uma pessoa adulta
2 Preço médio mensal por unidade de medida de cada produto
Em comparação com os resultados das outras 17 capitais onde a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, conforme definições do Decreto-Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, é realizada pelos Escritórios Regionais do DIEESE, a cesta básica de Campo Grande permanece como uma das mais acessíveis. Entre as capitais do Centro-Oeste, (exceto Mato Grosso, onde a pesquisa não é realizada), a cesta básica em Campo
Grande apresentou o menor custo ao consumidor.
Fonte: DIEESE
Comprometimento do salário mínimo registra discreta queda
Em abril, o trabalhador campo-grandense que recebe um salário mínimo comprometeu 43,55% do rendimento líquido, (O rendimento líquido para um salário de R$ 678,00 é de R$ 623,76), deste salário para aquisição da cesta básica (o rendimento líquido que é obtido descontando-se 8% do valor bruto do salário mínimo, referente à contribuição previdenciária).
Em março, este percentual foi de 44,32%.
No que se refere ao tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta, observou-se uma redução na jornada laboral em 1 hora e 33 minutos – passando de 89 horas e 42 minutos despendidos em março, para 88 horas e 09 minutos em abril.
Alimentação de família campo-grandense custou R$ 814,95 em abril
O custo da alimentação básica de uma família considera um núcleo de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças – que, para efeitos de cálculo, consomem como um adulto.
Chega-se ao custo da cesta básica para a família multiplicando por três o valor da cesta apontado na pesquisa.
Deste modo, em abril, a família campo-grandense gastou R$ 814,95, para suprir suas necessidades alimentares – uma redução de R$ 14,37 quando é observado o custo da cesta básica de março, que foi de R$ 829,32. Mesmo com a redução, o valor em abril representou 1,20 vezes o salário mínimo bruto.
Salário mínimo necessário teve aumento de R$ 67,55 em abril
O Decreto Lei n.º 399/1938, referência para a pesquisa da cesta básica realizada mensalmente pelo DIEESE, estabeleceu que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Assim, o DIEESE estima mensalmente, também, o valor do salário mínimo necessário para o atendimento das exigências constantes neste decreto.
O Departamento utiliza o custo mais elevado da cesta básica para este cálculo que foi registrado novamente em São Paulo.
Em abril, o salário mínimo necessário deveria perfazer a quantia de R$ 2.892,47, soma que corresponde a 4,27 vezes o salário mínimo bruto.
Comportamento dos preços
Em abril, nove alimentos contribuíram para a redução em -1,73% no custo da cesta básica no mês de abril em Campo Grande.
As maiores variações foram observadas no preço médio da batata (14,42%), seguida de feijão (9,1%), leite (7,69%) e, após dois meses em queda, da carne (0,79%).
Entre os nove produtos que tiveram redução, o principal destaque é o tomate (-13,73%), que puxou a alta das cestas básicas pelo país em março, seguido pelo preço médio do açúcar (-11,69), óleo (-8,44%), arroz (-7,89%), café (-7,39%), pão francês (-6,2%), farinha de trigo (-3,68%), banana (-3,59%) e manteiga (-2,03%).
Os preços da batata confirmaram a previsão de aumento para o período e, no trimestre, o tubérculo acumula alta de 19,4%.
O preço médio do produto com maior variação entre as capitais pesquisadas foi registrado na capital.
O cenário previsto para o comportamento do preço do leite foi alcançado com certa rapidez, surpreendendo o consumidor, que já experimentara uma variação positiva dos preços em função do reajuste nos valores pagos ao produtor concedido no primeiro trimestre.
Até julho, período de entressafra desta cadeia produtiva, a previsão é de preços em elevação.
Contudo, o preço médio da manteiga não acompanhou a variação do preço do leite em abril, o que pode ser explicado pela existência de estoques do produto.
O cenário futuro sugere, porém, mudança no comportamento destes preços.
O feijão foi outro item que manteve a tendência de alta observada nos últimos meses.
A redução da área plantada nos mercados produtores e o consumo ainda aquecido podem quebrar a expectativa de um cenário próximo onde se observe redução dos preços.
O discreto aumento da carne, ocasionado pela retomada das exportações, que reduziu a disponibilidade interna para atendimento da demanda local, pode ser mantido, especialmente se a migração no consumo das carnes de frango e suína para a bovina continuar em alta.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex-MDIC), o volume nacional de exportações de carne bovina foi de 95,2 mil toneladas em abril, um crescimento de 37% em relação ao mesmo mês de 2012.
Considerado ‘vilão’ no mês de março, o preço do tomate cedeu consideravelmente, como consequência preponderante da mudança de hábitos dos consumidores, os quais promoveram substituição do fruto em abril.
O preço do açúcar em Campo Grande manteve-se em baixa em abril.
A estimativa de um aumento da safra 2013/2014 em 10,67%, ou 589,60 milhões de toneladas, em relação ao período 2012/2013, e o pacote de incentivos governamentais para o setor – incluindo o aumento no percentual de etanol na gasolina, de 20% para 25%, a partir de 1º de maio, pode ser um indicativo de estabilidade nos preços do produto em um futuro próximo.
Os preços do óleo e do arroz caíram em abril, graças ao resultado positivo das safras de ambas as culturas. O café teve destaque na redução dos alimentos em abril, e acumula variação de (-7,62%) no trimestre.
A existência de estoques da safra anterior, bem como a queda no volume de exportação e indefinição do Conselho Monetário Nacional quanto à revisão dos preços mínimos pagos aos produtores do grão, defasado há três anos, segundo dados do Conselho Nacional do Café, ajudam a compreender o fenômeno.
A farinha de trigo registrou variação negativa, o que contribuiu para a redução no preço médio do pão francês.
O governo brasileiro aumentou o preço mínimo do trigo pago ao produtor em março – de R$ 501,00 para R$ 531,00 a tonelada, e determinou a isenção, no período de 01 de abril a 31 de julho de 2013, da alíquota de 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) que incide nas compras feitas de países fora do Mercosul.
Tais medidas visam tanto atender a demanda interna, quanto evitar pressões inflacionárias, já que, novamente, houve registro de quebra de safra da Argentina, principal fornecedor do insumo para o país.
Os preços médios do café, açúcar, farinha, pão e óleo em Campo Grande foram os mais baixos entre todas as capitais pesquisadas. O preço médio da banana, segundo menor entre as capitais, continua registrando oscilações em “W” – no trimestre, porém, a variação permanece negativa (-16,56%).
Andreia Ferreira/Dieese/DF
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