História de maquinista relembra trajetória da ferrovia de MS
Estado - Homenagem - Ferrovias do MS
Foto: estadoms.com.br
Neste 30 de abril comemora-se o Dia do Ferroviário e, em Mato Grosso do Sul, a data tem um significado especial, visto toda a mudança e evolução que as ferrovias do Estado passaram e as pessoas que por ela fizeram história.
A partir de 1919 foi construída a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que naquele tempo encurtou as distâncias e foi responsável por um grande impacto econômico e cultural no Estado.
No início o percurso interligava Campo Grande a Miranda, e depois a Corumbá. Em 2006 a Noroeste do Brasil foi privatizada, desde então é gerida pela América Latina Logística (ALL).
Atualmente, os maquinistas conduzem trens equipados com computador de bordo e sistema de navegação via satélite, permitindo maior segurança e produtividade no transporte de cargas.
De uniforme, jeito simples e fala compassada, o maquinista João Luiz Gonçalves dos Santos, 53 anos, foi manobrista durante 19 anos e tem de cor e salteado a data em que começou a trajetória nos trilhos, dia 1º de agosto de 1984.
Somente em 2004, dois anos antes da privatização o profissional conseguiu tornar-se maquinista. “Naquele tempo, em que o trem era também um meio de locomoção das pessoas da Capital e de todo o Estado, era notável a alegria nos olhos de todos, sem contar no prazer que eles tinham em passar horas dentro de um vagão, passando de cidade em cidade”, contou. Ele ainda lembra que muitos turistas utilizavam o meio de transporte para conhecer a região do Pantanal.
Quanto às mudanças que a ferrovia passou nas últimas décadas, Gonçalves desabafa ao dizer que se sente triste ao ver que as novas gerações não dão muita importância às locomotivas. “A ferrovia está no meu sangue, tudo que conquistei devo a trajetória da minha profissão, por isso, amo o que faço e valorizo”, disse, recordando a emoção de ter pilotado o trem do Pantanal. “Foi muito emocionante, mas infelizmente o trem não tem mais um papel social da vida das pessoas”, frisou.
Há ainda quem sonha com a profissão e vendo o pai se aposentar como maquinista, segue o mesmo caminho. Hélio Bernardes, 33 anos, é filho de ferroviário e resolveu se espelhar na paixão que o pai sempre teve pela ferrovia.
“Para me tornar maquinista preciso de cursos e em seguida receber uma promoção. Construímos um plano de carreira aqui dentro. Entrei na ALL como operador de produção e hoje me preparo para me tornar maquinista”, explicou. Ele conta que o pai sempre o indagava sobre a intenção de seguir esta carreira. “Meu pai achava que era bem provável da ferrovia não existir mais”, disse.
Josemil Arruda/MS Notícias/JE
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