Especialistas apontam vantagens da utilização dos Sistemas de Integração em MS
Estado - Ações Coletivas - Sistemas de Integração em MS
Foto:Arqivo MSHoje
Nesta quarta (17), o auditório da Acrissul foi totalmente preenchido por conta do ‘Dia da Integração’, onde especialistas da Fundação MS e da Embrapa apresentaram informações sobre as teorias e práticas dos sistemas de integração lavoura- floresta-pecuária.
O pesquisador Alex Melotto, da Fundação MS, explanou sobre as bases que devem estabelecidas antes da implementação. “É feito levantamento prévio para entender o sistema produtivo local. A partir daí, definem-se os objetivos e projetos, visando por em prática o que foi determinado, adaptando caso necessário, à realidade da área, através de arranjos simultâneos ou sequenciais”, explica ele.
Aproximadamente 15 mil hectares utilizam o sistema pecuária-floresta em Mato Grosso do Sul. Maracaju tem 60% de sua área produtiva ocupada pela prática, “porém, um dos maiores desafios ainda é acabar com os paradigmas, evoluir o pensamento visando o futuro”, aponta Melotto. “Um dos maiores paradigmas é o de que o eucalipto seca o solo. Já comprovamos que isso é só um mito.
Segundo estudos feitos pela entidade, a reforma de pasto promovida pela integração pecuária-floresta pode até dobrar a produção da propriedade, a um custo baixo: R$ 4.500 por 700 árvores. “A ideia do sistema é adotar novas possibilidades de produção à área, e não substituí-las”, afirma Alex.
Para contextualizar melhor os produtores, Ademir Zimmer, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, demonstrou as formas de manejo mais eficientes e lucrativas no sistema. “É preciso definir primeiramente qual o objetivo da produção, se ela será agropastoril, silvipastoril ou agrosilvipastoril, só assim podemos determinar que tipo de manejo será utilizado. Porém, todos eles têm a característica de utilizar a agricultura como ferramenta de recuperação das pastagens degradadas”, conta o pesquisador.
Baseado em pesquisas realizadas por ele, tais sistemas, trabalhados em conjunto com o correto manejo também previnem contra pestes, pragas e doenças que eventualmente possam afetar a lavoura. Ele ainda aconselha o sistema de integração pecuária-floresta para o gado leiteiro.
O presidente da Fundação MS, Luiz Alberto Moraes Novaes deu um depoimento do seu caso de sucesso, ele implantou a integração em sua propriedade, onde cultiva cana, grãos e cria gado. Ele apresentou um gráfico demonstrando toda a área aproveitável do território, correspondente a 42% para grãos, 19% cana e 39% destinado a pecuária.
“Esses números são responsáveis por uma receita equivalente a 48% proveniente dos grãos, 16% pecuária e o mais lucrativo, 37% de cana de açúcar. Portanto, não aconselho ninguém a desistir da sua atividade agrícola, e sim diversificá-la”, finalizou Novaes, que recentemente iniciou as atividades na criação de cavalos pantaneiros em sua fazenda.
Mas para todo esse processo funcionar é preciso um sistema de irrigação específico. “Não adianta o produtor instalar o mais caro e moderno equipamento sem antes saber qual o mais apropriado para o seu tipo de produção. A engenharia da instalação é diferente em cada caso”, explica Jarbas Neto, representante da Valley Valmont, empresa multinacional no setor de irrigações.
Do 1,25 milhão hectares potenciais de irrigação que MS possui apenas 150 mil são irrigados de fato. “O produtor deve considerar que é fundamental na janela produtiva essa etapa, num período quando todos estão esperando as chuvas, a sua lavoura já está sendo molhada, é um custo/benefício muito bom”, enfatiza Jarbas. Ele acrescenta ainda que dependendo da situação e do terreno, o investimento nesses aparelhos chega a ser de R$ 3 mil. “Em outros casos, como no da irrigação carretel, esse valor varia de R$ 6 mil a R$ 8 mil. Daí a necessidade da análise prévia da situação”, comenta.
CNA/RMC
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