Foto: Dênes de Azevedo

A logística é o principal fator citado pelos empresários que procuram Dourados para instalar empreendimentos na área de manutenção industrial. Isto porque a maioria das grandes indústrias do Estado está instalada numa distância máxima de 250 quilômetros de Dourados.

“Sem dúvida o ponto forte de Dourados é a logística, que favorece o cumprimento dos prazos de entrega dos serviços”, afirma Plínio Cesar, diretor da Revista CanaMix e que também atua na área de consultoria empresarial. Ele promoveu na semana passada em Dourados o ‘Workshop CanaMix Agroindustrial’.

Ao redor de Dourados estão funcionando 16 grandes usinas produtoras de etanol, açúcar e energia. Em Dourados e região também existem grandes indústrias da área de processamento de carnes e grãos. Campo Grande e Sidrolândia, a 200 km, é outro grande polo industrial. Apenas Três Lagoas, a outra cidade industrial do Estado está localizada um pouco mais longe, a 450 km. Mesmo assim o atendimento por Dourados é mais viável do que por São Paulo.

A prefeitura desenvolve o projeto ‘Polo de Serviços do Setor Sucroenergético de Dourados e região’, que tem o objetivo de transformar a cidade no centro de manutenção industrial de Mato Grosso do Sul. O setor metalmecânico é o que mais avança na cidade.

“É um setor que está gerando e vai gerar muito emprego e renda. Por isso o prefeito Murilo tem determinado à nossa equipe muita atenção a ele”, diz a secretária de Agricultura, Indústria e Comércio Neire Colman.

“Na área do sucroenergético Mato Grosso do Sul e Mato Grosso são a bola da vez; é onde a indústria está em expansão e Dourados se desponta”, diz o empresário Plínio Cesar. Ele conta que a revista tem uma parceria com o governo para atrair empresas para o Estado e várias delas tem interesse em Dourados.

“A demanda do etanol é crescente; as tecnologias estão chegando. Só precisa mesmo é de profissionalismo. O resto (solo, clima) Deus já deu. Todas as condições são excelentes, para Dourados não tem volta”, afirma o empresário.

Ele também gostou muito do nível do público que participou do workshop. “Aqui a gente teve técnicos, estudantes e diretores de usinas. Isto revela o interesse da região sobre o setor sucroenergético”, diz.

“Hoje os olhos da indústria nacional do setor sucroenergético estão voltados para Dourados”, acrescenta a secretária Neire. “Depois da indústria de manutenção vem a indústria de subprodutos do etanol, como os plásticos e a química, por exemplo”, diz Neire. “É um setor que vai dar muitas alegrias para Dourados”, acrescenta a secretária.