Diretores afastados do Hospital do Câncer renunciam aos cargos em MS
Saúde - Hospital do Câncer
Foto:Divulgação
Os diretores afastados da Fundação Carmen Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer de Campo Grande, renunciaram aos cargos nesta segunda-feira (1º). Adalberto Siufi, Blener Zan e Wagner Miranda, investigados por suspeita de desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) , comunicaram a renúncia após decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul que os afastou das funções.
A promotora de justiça Paula Volpe disse ao G1 que os ex-diretores protocolaram, na secretaria executiva do hospital, três petições em que comunicaram o afastamento definitivo dos cargos. “Já estou com a cópia desses documentos e eles serão anexados ao processo movido contra eles pelo Ministério Público”, afirmou.
Antes da ordem judicial, os três ex-dirigentes já haviam sido destituídos do cargo por decisão do conselho curador da instituição, tomada durante reunião realizada no dia 20 de março. Na ocasião, Adalberto Siufi - que exercia o cargo de diretor-geral -, Blener Zan - que era diretor-presidente - e Wagner Miranda (diretor-financeiro) foram substituídos por Jeferson Baggio, Carlos Alberto Coimbra e Sueli Telles, respectivamente. Na mesma reunião, Betina Siufi, filha do ex-diretor, foi demitida do cargo de administradora do hospital.
O caso
As irregularidades no Hospital do Câncer vieram à tona durante as primeiras investigações da PF, do Ministério Público e da Controladoria-Geral da União (CGU), na operação Sangue Frio, de 19 de março. Em 2009, uma auditoria do Ministério da Saúde encontrou outras situações ilegais, como o pagamento para tratar pacientes que já haviam morrido. A suspeita é que o HC tenha monopolizado o tratamento da doença em Campo Grande para beneficiar algumas pessoas e empresas com dinheiro público.
Em entrevista coletiva, o superintendente da PF em Campo Grande, explicou que a investigação começou em abril de 2012, com base em dados levantados pelo MPE, que apurava irregularidades no Hospital do Câncer, e do Ministério Público Federal (MPF), que investigava o Hospital Universitário, além de auditoria da CGU.
Na época, Adalberto Siufi negou as acusações e informou que os contratos firmados com as empresas prestadoras de serviços não possuem irregularidades. Ele chegou a ser detido durante a ação por porte ilegal de arma.
Por conta das irregularidades, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), chegou a determinar a suspensão do repasse, mas reconsiderou a medida durante reunião realizada na segunda-feira (25) com a promotora do MPE, Paula Volpe, além dos novos diretores da Fundação Carmen Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer, e do conselho curador. Para manter o repasse, Bernal determinou que as contas do hospital sejam revistas e que os novos diretores apresentem dados financeiros e administrativos da instituição mensalmente.
Segundo o diretor-presidente da fundação, Carlos Alberto Coimbra, o hospital possui um déficit mensal de cerca de R$ 300 mil e a situação se agravou após as denúncias contra a instituição. Ainda de acordo com Coimbra, o repasse mensal dos recursos do SUS para o HC é de aproximadamente R$ 1,1 milhão.
A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi cogitada na Câmara de Vereadores de Campo Grande, mas não ocorreu. Em uma situação tumultuada, os parlamentares decidiram pela formação de uma comissão especial, que irá acompanhar a investigação já em andamento da Polícia Federal e a ação do Ministério Público Estadual.
G1 MS/RMC
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